Lisboa, 03 mai 2019 (Ecclesia) – A Fundação Ajuda à Igreja que Sofre (AIS) informou que duas escolas cristãs na Índia foram atacadas por radicais hindus, em “apenas três dias”, e o presidente do Conselho Global de Cristãos Indianos afirma que a situação “é alarmante”.
Numa informação enviada hoje à Agência ECCLESIA, pelo secretariado da AIS-Portugal, Sajan K George refere que a “minoria cristã é vulnerável e sofre a intimidação” da maioria hindu, apesar de a liberdade religiosa ser “garantida pela Constituição” e a Índia um país secular.
A Escola Secundária Superior de São José, em Sugnu, no distrito de Chandel, foi atacada e incendiada por radicais hindus, durante a noite de 25 de abril.
“Um bárbaro ato de vandalismo”, disse o diretor da Organização da Juventude Católica de Manipur, o padre Jacob Chapao, divulgou a agência Asia News.
A escola católica, a segunda mais antiga no estado de Manipur, funciona há mais de 50 anos e tem formado “centenas de elementos” da população tribal”.
A AIS dá conta ainda que dois dias antes, a 23 de abril, foi atacada a “Escola Primária Cristo”, devido a falsas acusações de conversão ao cristianismo contra 14 professores, no distrito de Palghar (Maharashtra), por grupos radicais paramilitares ligados ao Antarrashtriya Hindu Parishad, organização nacionalista Hindu.
No seu mais recente Relatório da Liberdade Religiosa no Mundo, publicado o ano passado, a fundação pontifícia informa que os cristãos na Índia são 4.7% da população e os números do Governo indiano, apresentados no Parlamento a 6 de fevereiro de 2018, destacam a “atual tendência para o aumento da violência inter-religiosa”.
CB