D. Manuel Quintas aponta a Sexta-feira Santa como o «coração do Tríduo Pascal»
Faro, 20 abr 2019 (Ecclesia) – D. Manuel Quintas, bispo do Algarve, apelou, na celebração desta Sexta-feira Santa, a “descobrir a presença de Deus nos lugares onde há sofrimento e morte” considerando um “desafio à fé”.
“É importante descobrir a presença de Deus nos lugares onde há sofrimento e morte, isso constitui sempre, é certo, um desafio à nossa fé”, afirmou D. Manuel Quintas na celebração da Paixão do Senhor a que presidiu na Sé de Faro.
Lembrando que a Sexta-feira Santa é o “coração” do Tríduo Pascal, o prelado realçou ainda que este “não é um dia de fatalismos e de morte sem sentido”.
“É um dia de encanto e de assombro perante o mistério do amor divino, esse mesmo encanto e mistério que acontece na vida de quantos oferecem, dia após dia, silenciosamente, a sua existência pela vida dos outros, sobretudo para aliviar as dores dos outros”, sustentou.
D. Manuel Quintas apontou ainda que não se deve considerar a sexta-feira como um “parêntesis fechado na vida de Jesus” e citou algumas atitudes para bem viver o dia.
“O silêncio, o deserto, a abertura aos sofrimentos da humanidade, a contemplação dos nossos próprios sofrimentos, das nossas dores, das nossas cruzes, o jejum, a palavra e a oração são elementos que ajudam, seguramente, a bem celebrar e a bem viver o sentido deste dia”, enumerou.
D. Manuel Quintas lembrou que as procissões e vias-sacras que também se podem fazer hoje “são sempre marcadas pelo silêncio contemplativo e orante do mistério” celebrado. “Em Cristo, o mistério da sua entrega realiza o cumprimento do plano de salvação. Deus não abandonou o seu Filho, como não nos abandona a nós”, realçou.
“Que a celebração desta Sexta-feira Santa, nesta tarde da Paixão e Morte de Jesus, possa fortalecer-nos a prosseguir no caminho que Jesus nos convidou a percorrer: «Quem quiser seguir-me, negue-se a si mesmo, tome a sua cruz todos os dias e siga-me»”, concluiu.
SN