Europeias 2019: Movimento de Trabalhadores Cristãos apela a um «compromisso político» pela «proteção social e laboral de todos»

Organismo apresentou propostas no âmbito das eleições para o Parlamento Europeu

Lisboa, 01 abr 2019 (Ecclesia) – O Movimento de Trabalhadores Cristãos da Europa (MTCE) espera que as próximas eleições europeias, que vão ter lugar entre 23 e 26 de maio, tragam um maior “compromisso político” na busca de um setor laboral mais justo e equitativo.

Num comunicado enviado hoje à Agência ECCLESIA, relacionado com o sufrágio para o Parlamento Europeu, o MTCE frisa a importância de criar condições para uma atividade laboral cada vez mais configurada “com os critérios da dignidade humana”, num esforço de “diálogo social” que envolva a “participação de todos”.

Aquele organismo considera que “a criação e desenvolvimento de postos de trabalho dignos, seguros e estáveis” deve ser um “objetivo prioritário na agenda política”, assim como “a garantia de uma clara proteção social e laboral de todos”.

Os trabalhadores cristãos lembram de modo especial as situações que envolvem “contratos de trabalho precários”, que colocam em causa o “futuro” de todas as pessoas implicadas, sobretudo “das gerações mais jovens”.

Para os membros do MTCE, é fundamental que os próximos líderes das políticas europeias se empenhem ainda na “eliminação da diferença de remuneração entre homens e mulheres”, quando em causa está a realização do “mesmo trabalho”.

No centro das propostas do Movimento de Trabalhadores Cristãos da Europa está a preocupação pela construção de “uma Europa socialmente mais justa”, que assegure uma redistribuição mais equitativa dos rendimentos e “assegure oportunidades para todos”.

O MTCE defende que a União Europeia deve “estabelecer normas” que permitam “aliviar as piores formas de pobreza” que atingem “um número cada vez maior de cidadãos”.

Aqui propõe por exemplo a “introdução de um imposto sobre as transações financeiras”, que traga “uma maior justiça fiscal”.

É vital tomar “medidas eficazes” que garantam “que os bancos e as bolsas de valores estejam ao serviço do bem comum, para que os prejuízos não voltem a repartir-se por todos enquanto que os benefícios ficam nas mãos só de alguns”, aponta o mesmo organismo.

Numa era marcada pela crise de refugiados, o mesmo organismo apela a uma “distribuição” mais “justa” destas pessoas nos mais variados países de acolhimento, e pede a criação de mais apoios à integração dos migrantes.

“Uma proteção social adequada é a melhor forma de lutar contra o nacionalismo xenófobo e o populismo”, pode ler-se.

A família e o ambiente são outras duas preocupações presentes nas propostas dos Trabalhadores Cristãos.

Para o MTCE, é indispensável “que se garantam os períodos de descanso e a conciliação da vida laboral e familiar”, pois “um domingo livre de trabalho é um requisito indispensável para uma vida familiar adequada”.

No que toca à questão do ambiente, os Trabalhadores Cristãos da Europa pedem “medidas urgentes” para a proteção da natureza, recordando que “o conceito de crescimento quantitativo tem que ser reconvertido em conceito de crescimento qualitativo”.

O MTCE é uma associação laboral cristã presente em 10 países europeus, entre os quais Portugal com a Liga Operária Católica – Movimento dos Trabalhadores Cristãos.

JCP

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Agência ECCLESIA

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