Irlanda: Famílias portuguesas destacam «experiência marcante» no Encontro Mundial de Famílias

«Aqui percebemos que não estamos sozinhos na busca da felicidade», destaca o casal Rogério e Graciete Egídio

Com Aura Miguel, enviada especial da Rádio Renascença a Dublin

Celebração com as famílias portuguesas na Igreja de São João Evangelista, em Blackrock, Dublin – Créditos: Pastoral da Família do Patriarcado de Lisboa

Dublin, 25 ago 2018 (Ecclesia) – Os participantes portugueses no 9.º Encontro Mundial de Famílias, a decorrer em Dublin, na Irlanda, tiveram esta sexta-feira um encontro de oração com D. Joaquim Mendes, bispo luso responsável por este setor pastoral, na igreja de S. João Batista, em Blackrock.

Em declarações à Rádio Renascença, o casal Marco e Cláudia Vieira, provenientes da Paróquia de São José de Ferreiras, na Diocese do Algarve, destacam o ambiente de “comunhão” e “aprendizagem” que se tem gerado “com participantes das outras nacionalidades”.

“Nós os dois colaboramos, enquanto casal, em grupos de preparação para o matrimónio, na nossa unidade paroquial, são três paróquias nas quais colaboramos, e recolhemos ao longo destes dias vários contributos neste âmbito, que nos vão ser muito úteis para melhorar o trabalho que já estamos a desenvolver”, salienta Marco Vieira.

Já Cláudia Vieira destaca a oportunidade de perceber que o caminho que estão a percorrer, como casal e também como agentes pastorais ligados às famílias, encontra pontos de contacto e ligação em outras realidades, em outros países.

“Testemunhos que ouvimos, formas de abordar as dificuldades que os casais enfrentam no casamento,  como lidar com essas dificuldades, o acompanhamento pós-matrimónio, realmente vem-nos dar uma série de pistas que juntamente com o nosso pároco e os nossos outros colegas de serviço, nos ajudarão certamente a fazer um melhor trabalho”, acrescenta.

Para o casal Rogério e Graciete Egídio, proveniente também da diocese algarvia, estar num encontro internacional de famílias como este, em Dublin, é fundamental para que os casais perceberem também que “não estão sozinhos na procura da felicidade”.

“Encontramos irmãos de todo o mundo, preletores também de todos os países, o que leva-me a concluir que realmente a Igreja olha para a família como um todo, como sendo  a célula principal da sociedade civil, e na comunidade cristã também com um olhar agora para a realidade desta Igreja doméstica que são as famílias”, referiu Rogério Egídio.

Que se mostra “confiante” de que, com a ação do Papa Francisco, que irá participar hoje e amanhã no encerramento do encontro, e com a reflexão à volta da exortação apostólica ‘A Alegria do Amor’, que tem norteado o congresso das famílias nos últimos dias, a pastoral da Igreja Católica para este setor irá “efetivamente receber um novo fôlego”.

“Agora torna-se mais fácil falar das famílias, porque este encontro vem-nos dar ferramentas que nós não tínhamos no passado”, acrescenta Rogério, que dá como exemplo a abordagem que foi feita, ao longo do encontro, sobre a temática do “acolhimento aos jovens casais”.

“O facto de encontrarmos também alguém que nos fale daquela que tem sido uma dor para a Igreja, que são os casais separados, e como acolher esses irmãos que estão em dificuldade”, completou.

Um facto de despertou muita esperança entre os participantes é a presença de “muitos bebés”, de muitos casais com filhos pequenos, ou já adolescentes ou jovens neste encontro, o que um sinal de que a Família tem futuro.

É o caso da família Candeias Oliveira, proveniente de Mem-Martins, da Vigararia de Sintra, da Diocese de Lisboa, que viajaram para a Irlanda com os seus três filhos: a Teresa, de 3 anos, a Mariana com 8 anos, e o Manuel que durante o encontro vai cumprir 11 anos de idade.

“Têm sido dias riquíssimos”, conta a esposa, que já tinha vivido com o seu esposo há vários anos as Jornadas Mundiais da Juventude, e agora teve oportunidade de viver esta nova “experiência marcante”.

“Tem sido avassalador, muitas pequenas grandes experiências, pelo menos para nós”, sustentou, com especial enfoque para o ambiente acolhedor e fraterno que se tem gerado entre famílias dos mais diversos quadrantes e continentes.

“A forma como os oradores têm falado connosco tem permitido realimentar a forma como eu vejo a nossa família, como sendo a nossa Igreja doméstica”, partilhou por seu lado o marido, que deixou ainda uma convicção.

“Com a chegada do Papa ainda vai ser mais rico”, defendeu.

O Papa Francisco chegou esta manhã a Dublin para participar nos últimos dois dias do 9.º Encontro Mundial de Famílias, naquela que é também a 24.ª viagem apostólica internacional do seu pontificado.

JCP

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Agência ECCLESIA

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