Viva Consagrada: Papa indica as «opções radicais» da oração, pobreza e paciência

Francisco recebeu 700 religiosas e religiosos que participam num encontro internacional, em Roma

Cidade do Vaticano, 04 mai 2018 (Ecclesia) – O Papa afirmou hoje aos 700 participantes no encontro internacional promovido pela Congregação para os Institutos de Vida Consagrada e as Sociedades de Vida Apostólica que a vida dos consagrados deve fundamentar-se na oração, pobreza e paciência.

Para Francisco, os três pilares da Vida Consagrada permitem que os religiosos não se percam no “nevoeiro da mundanidade” e nas “provocações e no espírito de guerra”, proporcionando “critérios autênticos” que sejam orientadores no discernimento das religiosas e dos religiosos.

“A oração é voltar sempre ao primeiro chamamento”, lembrou Francisco, acrescentando que “toda oração é voltar a isso, ao sorriso dos primeiros passos”.

“A oração na vida consagrada é o ar que nos faz respirar o chamamento, renovar o chamamento. Sem este ar não podemos ser bons consagrados. Seremos talvez pessoas boas, bons cristãos, bons católicos que trabalham em muitas obras da Igreja, mas a consagração deve ser renovada continuamente ali, na oração, no encontro com o Senhor”, sublinhou.

Francisco referiu-se depois à pobreza, afirmando que “é a mãe, o muro de contenção da vida consagrada” que “defende do espírito mundano”.

Para o Papa, o espírito de pobreza não é negociável, porque impede o risco de passar da “consagração religiosa” à “mundanidade religiosa” em três degraus: o da valorização do dinheiro, a vaidade e o orgulho.

“O primeiro: o dinheiro, ou seja, a falta de pobreza. O segundo, a vaidade, que parte do extremo de ser um pavão e vai até as pequenas coisas de vaidade. O terceiro: a soberba, o orgulho. E daí, todos os vícios. Mas, o primeiro degrau é o apego às riquezas, o apego ao dinheiro”, disse o Papa.

Francisco referiu-se depois à paciência, “aquela que Jesus teve para chegar ao fim de sua vida”.

“Sem paciência, compreendem-se as guerras internas de uma congregação”, os “carreirismos nos capítulos gerais”, e “algumas decisões tomadas diante de problemas da vida comunitária como a perda das vocações”, sustentou o Papa

Falta paciência e não vêm as vocações? Vendemos e nos apegamos ao dinheiro por qualquer coisa que possa acontecer no futuro. Esse é um sinal, um sinal de que se está perto da morte: quando uma congregação começa a apegar-se ao dinheiro. Não tem paciência e cai na falta de pobreza”, acrescentou.

Para o Papa, a “oração, pobreza e paciência” são “opções radicais” que os consagrados devem seguir na vida pessoal e comunitária.

De acordo com o Vatican News, o Papa Francisco hoje, na Sala Paulo VI, cerca de 700 participantes no encontro internacional promovido pela Congregação para os Institutos de Vida Consagrada e as Sociedades de Vida Apostólica, que decorre entre os dias 3 e 6 de maio, em Roma, na Pontifícia Universidade Antonianum, sobre o tema “Consagração por meio dos Conselhos evangélicos”.

PR

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Agência ECCLESIA

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