Igreja/Media: «Verdade deve ser o nosso ADN» – padre Américo Aguiar

Diretor do Secretariado Nacional das Comunicações Sociais deixa apelo na 3ª Jornada de Comunicação do Patriarcado de Lisboa

Carnaxide, 28 abr 2018 (Ecclesia) – O padre Américo Aguiar, diretor do Secretariado Nacional das Comunicações Sociais (SNCS), apelou hoje ao respeito pela verdade, na comunicação da Igreja, numa mensagem aos participantes na 3ª Jornada de Comunicação do Patriarcado de Lisboa.

“A verdade deve ser o nosso ADN”, declarou o sacerdote, presidente do Conselho de Gerência do Grupo Renascença.

Os trabalhos da jornada de comunicação decorrem em Carnaxide, sobre o tema ‘Perante a Polémica, qual a resposta?’.

O padre Américo Aguiar falou sobre as “fake news”, um fenómeno “mediatizado” com as eleições nos EUA, e à necessidade de responder, nas instituições da Igreja Católica, perante um acontecimento menos bom ou uma notícia negativa.

“Enquanto estivermos nesse terreno da verdade, nada de mal nos acontecerá”, assinalou.

Para este responsável, é necessário evitar o silêncio, considerando que a verdade permite chegar ao “maior número” de destinatários.

A mensagem vídeo abriu o debate de um painel de convidados, sobre o tema «Polémicas e escândalos – Que respostas?».

Henrique Raposo, cronista do jornal «Expresso», assumiu, por sua vez, a oposição pessoal ao recurso às redes sociais como fonte de informação.

“Em 15 anos houve um desgaste civilizacional tremendo”, no qual as redes sociais funcionaram como “gasolina”.

O cronista observou ainda que é necessário um “outro tipo” de aparato “profissional” para que a Igreja Católica em Portugal possa ainda “entrar no jogo narrativo” da atualidade.

José Aguiar, da «All Comunicação», contestou a ideia de que se consegue evitar as notícias falsas “proibindo as notícias”.

O especialista em comunicação aludiu à falta de recursos para “verificar” a informação que é produzida nas redes sociais e ao perigo de “combater realidades novas com armas antigas”.

“Tudo aquilo que nos é dito não pode ser consumido como verdade absoluta”, advertiu.

João Francisco Gomes, jornalista do «Observador», falou da falta de tempo para uma “reflexão amadurecida” sobre os “valores-notícia”.

A mensagem do Papa para o 52.º Dia Mundial das Comunicações Sociais, que vai ser celebrado a 13 de maio de 2018, tem como título “«A verdade vos tornará livres (Jo 8,32)». Fake news e jornalismo de paz”.

Os participantes reuniram-se depois em grupos para uma ação de ‘Media Training’ que visam encontrar respostas para situações de crises.

A conclusão da 3ª Jornada Diocesana da Comunicação ficou a cargo do padre Nuno Rosário Fernandes, diretor do Departamento da Comunicação do Patriarcado de Lisboa.

OC

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Agência ECCLESIA

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