400 quilómetros a pedalar pela Casa do Gaiato

O sobrinho-neto do fundador da Casa do Gaiato conclui este Sábado, em Penafiel, uma viagem de bicicleta de 400 quilómetros para sensibilizar os portugueses a ajudar a obra do Padre Américo.

Luis Monteiro d’Aguiar partira na última Terça-feira da Casa do Gaiato de Setúbal e à chegada a Penafiel não escondeu a emoção.

“As lágrimas vieram-me aos olhos quando aqui cheguei. Ao fim desta semana toda, com o calor que passámos, ter atingido o objectivo e poder dizer bom dia ao tio, diante da sua campa, como eu tinha previsto e prometido, foi uma grande emoção e uma grande alegria”, disse Luis Monteiro d’Aguiar à agência Lusa, minutos depois de chegar a Paço de Sousa, Penafiel, onde o seu tio começou a obra da Casa do Gaiato.

Luís Monteiro d´Aguiar escolheu esta forma de assinalar os 70 anos da obra de rua do Padre Américo e, ao mesmo tempo, de sensibilizar os portugueses para a importância dos gestos de solidariedade para com aqueles que mais precisam.

Nos cinco dias a pedalar de Setúbal até Penafiel, o que mais custou, sublinhou, foi o calor, que chegou a ultrapassar os 40 graus à passagem por Tomar.

“Também a subida, no penúltimo dia, a partir do rio Douro foi um momento muito difícil, porque as forças também começavam a faltar”, contou, elogiando a companhia do sobrinho.

Luís Monteiro d´Aguiar diz que está muito satisfeito com a viagem, porque atingiu o objectivo principal, que era promover a obra da instituição e a necessidade da sociedade ajudar o trabalho realizado pela Casa do Gaiato.

“Só a casa de Miranda do Corvo gasta 10 mil euros por mês. E tem de os encontrar de qualquer maneira, porque não tem qualquer apoio social. A obra da rua é uma das muitas instituições em Portugal. É preciso que as pessoas se apercebam do muito que estas instituições fazemos”, afirmou.

Luís Monteiro d´Aguiar disse que graças a esta iniciativa já foram conseguidos alguns milhares de euros depositados na conta bancária da instituição.

“Temos tido empresas que nos têm apoiado, também pessoas anónimas que contribuem com 5 euros, 10 euros, algumas com 1000 euros, enfim, cada um dá o que quiser”, acrescentou.

As três Casas do Gaiato em Portugal continental – Paço de Sousa, Miranda do Corvo e Setúbal – acolhem centenas de crianças e jovens, até 25 anos, que, por diversas razões, se viram privadas do meio familiar.

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