Representantes nacionais dos grupos de oração e muitos outros mais ou menos próximos do carisma do Renovamento Carismático, estiveram juntos no passado fim de semana, em Fátima, para uma celebração dos 30 anos do nascimento do Renovamento Carismático em Portugal, no mesmo ano em que o movimento assinala os 40 anos de existência. “Foi um momento muito significativo, tendo como pano de fundo «Jesus Cristo, nossa esperança»”, explica à Agência ECCLESIA José Luís Oliveira, Coordenador Nacional Renovamento Carismático. “Uma experiência de comunhão, onde através da força do Espírito Santo, se percebe a presença de Deus na vida de cada um”, aponta. A alegria, “um gozo interior muito grande, com manifestações da misericórdia da graça de Deus, onde sentimos a sua presença” foram momentos que pautaram o fim de semana, em Fátima. Assinalando 30 anos em Portugal, o Renovamento Carismático “sai desta assembleia com a necessidade de renovar a efusão do Espírito Santo, outros querendo iniciar uma vida nova com maior alegria e espontaneidade, mas acima de tudo com uma grande esperança”, aponta o coordenador nacional. Nas Assembleias é habitual fazer participação de pessoas que ainda não estão familiarizadas com o movimento. O coordenador nacional refere que para alguns pode não ser “muito fácil entrar dentro da alegria e espontaneidade que o renovamento partilha”, adiantando que há ainda “muito ritualismo e tradição na fé das pessoas”. Mas Luís Oliveira dá conta que o movimento é “muito valorizado na vida de quem participa e conhece o Renovamento Carismático”. A diferença da proposta do Renovamento Carismático, quando comparado com outro movimento, é acentuada pela “oferta que faz à Igreja porque o seu carisma é para toda a Igreja, não apenas para este movimento”, explica. “Muitos que conhecem o Renovamento Carismático, envolvem-se com uma descoberta e fazem depois parte de outros movimentos e associações, e até mesmo das paróquias”. Em Portugal, na Assembleia Interdiocesana, esteve presente Allan Panozza, natural da Austrália, que assume a Coordenação Internacional do Renovamento Carismático e deixou alguns desafios. “Sublinhou a fidelidade à Igreja de Jesus Cristo e pediu-nos para não termos medo de manifestar a identidade através dos dons e carismas não esquecendo que para Deus não há impossíveis”.