Forças Armadas e Segurança: Devoção mariana é marca no Ordinariato Castrense

Nossa Senhora do Ar como Padroeira da Força Aérea

A 15 de Janeiro de 1960 o Papa João XXIII na Carta Apostólica “Aligera Cymba” decretava Nossa Senhora do Ar “Padroeira de todos os Aviadores Portugueses”.

Para assinalar a efeméride, o Ordinariato Castrense promove, na Igreja de Nossa Senhora do Rosário, Templo da Força Aérea Portuguesa, em Lisboa, uma Cerimónia Litúrgica que conta sempre com a presença do Chefe de Estado-Maior da Força Aérea, dos Chefes de Estado-Maior da Marinha e do Exército, do Comandante-Geral da Guarda Nacional Republicana e do Diretor Nacional da Polícia de Segurança Pública, Adidos Militares, Oficiais Generais, Oficiais, Sargentos, Praças, Funcionários Civis e os Escuteiros do Ar.

Na cerimónia pretende-se invocar a proteção de Nossa Senhora para todos, de um modo especial para aqueles que servem na FA Portuguesa.

Nossa Senhora da Saúde – Primeiro domingo de maio

O culto a Nossa Senhora da Saúde é anterior ao século XVI, mas, a procissão em honra da Virgem só seria instituída em 1570.

Foi neste ano que os Artilheiros de S. Sebastião instituíram esta devoção, como Ação de Graças a Nossa Senhora depois de um surto de peste contido. As festividades iniciam-se com uma Cerimónia de Investidura da Imagem de Nossa Senhora e, no dia seguinte, uma Eucaristia em louvor a São Sebastião.  Na Igreja de S. Domingos, é o Ordinário Castrense para Portugal, que normalmente preside à Missa que dá início ao dia principal desta Festa.

De tarde, à imensa multidão juntam-se as Autoridades Civis, representantes dos três Ramos das Forças Armadas e das Forças de Segurança, de variados organismos da sociedade civil e centenas de militares, que, saindo da Ermida de Nossa Senhora da Saúde, iniciam a Procissão percorrendo o centro histórico de Lisboa. A procissão abre com a imagem de S. Jorge montada a cavalo e escoltada por um destacamento a cavalo do Regimento de Cavalaria da Guarda Nacional Republicana. Seguem-se os membros de diversas irmandades e confrarias de paróquias da cidade e os andores de Santa Bárbara (escoltado por Artilheiros do Exército), de S. Sebastião e de Santo António entre outros, escoltados por outras forças militares, policiais ou organizações da sociedade civil. As bandas do Exército, da Força Aérea, da Marinha e da Guarda Nacional Republicana abrilhantam a procissão. Fechando a secção dos andores, vem a imagem de Nossa Senhora da Saúde, levada em ombros por Cadetes das Academias do Exército, da Força Aérea e da Escola Naval. O Pálio é levado por elementos das Forças Armadas e das Forças de Segurança.

 

Nossa Senhora do Carmo – Padroeira da Guarda

Fiel às suas tradições, a Guarda Nacional Republicana não se esquece de Nossa Senhora do Carmo, sua Padroeira. E celebra-a condignamente a 16 de julho. Não obstante o tempo de verão e o convite ao merecido gozo de férias, todos os Generais colocados na GNR, muitos Comandantes de Unidades e Serviços, Oficiais, Sargentos, Guardas e Civis costumam marcar presença na procissão e Missa votiva.

Obviamente, também não podia faltar a Ordem Terceira do Carmo, com a sua Prioresa, e sacerdotes carmelitas. A celebração começa com o retirar do andor da capela do Comando-Geral da Guarda. À porta de armas, a imagem de Nossa Senhora recebe honras militares, uma demonstração de proximidade familiar que evoca a importância que a Guarda lhe atribui. Depois, já com a imagem de São Nuno de Santa Maria incorporada, dá-se início à procissão que percorre as ruas das imediações em direção às ruínas da igreja do Carmo. Aí é celebrada a Missa.

No final da Missa, realiza-se nova procissão em direção ao local de origem: à sede da Ordem terceira para lá colocar a imagem de S. Nuno e ao Comando-Geral da GNR para voltar a alojar a sua Padroeira. Na despedida, S. Nuno faz uma profunda «vénia» a Nossa Senhora e esta volta a receber honras militares na entrada da «sua» casa.

Na Diocese das Forças Armadas e das Forças de Segurança muitas outras festas se celebram ao longo do ano que poderiam ser aqui assinaladas: nomeadamente a 29 de setembro, São Miguel Arcanjo, Patrono da Polícia de Segurança Pública e as festas do Santo Cristo dos Milagres nos Açores, em que as Forças Armadas e as Forças de Segurança têm um papel preponderante.

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Este artigo faz parte da Edição especial da Agência ECCLESIA “Festas da nossa Terra” publicada em agosto 2022

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Agência ECCLESIA

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