20º Aniversário da Associação Portuguesa Amigos de Raoul Follereau – APARF

A Associação está a celebrar 20 anos de vida ao serviço dos últimos da sociedade – os doentes de lepra, e de outras vítimas de exclusão social. A sua criação deve-se à iniciativa e motivação dos Missionários Combonianos que, em 1986, desenvolveram as diligências necessárias, para lhe dar nascimento jurídico o que aconteceu em 20 de Janeiro de 1987. A celebração deste aniversário começou com uma visita aos Projectos de Moçam-bique onde, com a colaboração da Logomédia, se realizou uma reportagem televisiva sobre os Projectos da APARF naquele país. A integrar a celebração da data há também o VII Encontro Nacional de 4 e 5 de Novembro em Fátima. A APARF é uma Instituição Particular de Solidariedade Social, Pessoa Colectiva de Utilidade Pública. De natureza civil, é independente de qualquer credo político ou religioso. O seu objecto é a luta contra a lepra e todas as formas de exclusão social, vendo em cada ser humano, um irmão digno de respeito e amor. Valores de inspiração cristã vividos pelo seu inspirador e pelos que a representam. É uma instituição que congrega e integra as energias e a generosidade de muitos portugueses com o projecto de solidariedade humana e universal de Follereau. A APARF mantem um carinho muito especial pelos doentes de lepra, pobres entre os pobres. A lepra, pelos seus sinais exteriores, não obstante um trabalho persistente de mentalização, continua a ser a doença mais estigmatizante do mundo. A vida da APARF nestes 20 anos testemunha o valor de quanto bem fazem as pessoas que se organizam e vivem ideais de solidariedade em torno de uma causa que se concretiza em actos de justiça, de paz, de amor. Participam na cura e reabilitação de milhares de leprosos, na construção de Centros de Saúde, em habitações para doentes pobres, na alimentação de crianças desnutridas, na formação de agentes de saúde em países subdesenvolvidos, etc. A prioridade que a APARF dá à cura e reabilitação de doentes de lepra é muito abrangente. O mapa da lepra coincide com o da fome. Estes doentes, além dos fármacos, precisam de alimentos, água potável e condições de higiene. Por isso, Raoul Follereau chamou à lepra a filha primogénita da fome. Não admira pois que surjam 2.000 novos casos de lepra por dia, no mundo. A Associação executa Projectos Anti-Lepra em todos os países endémicos, a começar pelos países de expressão portuguesa. Uns, a solo, outros, em colaboração com as suas congéneres na qualidade de membro efectivo da União Internacional das Associações Raoul Follereau – UIARF, criada ao tempo e por iniciativa do próprio Raoul Follereau. Mantém também projectos em Portugal onde, apesar de não se tratar de um problema de saúde pública, há bolsas de pobreza profunda, consequência de membros de família afectados pela doença. A pedido de Raoul Follereau, a ONU criou o Dia Mundial dos Leprosos que a APARF celebra cada ano em todo o País com a colaboração de milhares de voluntários e benfeitores, passando a mensagem de amor pelos doentes e recolhendo fundos para a sua cura. A APARF lança um apelo: Precisa-se de Voluntários que partam com coragem e amor para países onde a lepra constitui problema de saúde pública. Os doentes anseiam curar-se. Hoje há medicamentos eficazes; é preciso pessoas que se entreguem a esta nobre missão. O amor com que os Voluntários os tratam, fazem-nos passar da noite para o dia. Diz quem tem experiência que não há felicidade maior que dizer a um leproso “estás curado”. Bem diz Follereau que ser feliz é fazer os outros felizes. Bem hajam a todos os que trabalham para construir a civilização do amor. Rosa Celeste Ferreira Directora do “O Amigo dos Leprosos”

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