2022/2023: O Papa «acaba por se tornar parte da família» – Octávio Carmo

Chefe de redação da Agência ECCLESIA revisita o ano de 2022, destaca reportagem que o inspirou, uma viagem adiada 20 anos e momentos de Francisco que sente como seus

Foto: Agência ECCLESIA/MC

Lisboa, 30 dez 2022 (Ecclesia) – Octávio Carmo, chefe de redação da Agência ECCLESIA, revisitou o ano de 2022, partilhou uma reportagem que o inspirou, momentos marcantes do Papa e ainda uma viagem “adiada há 20 anos”. 

“Fazer balanços e revisitar um ano é um desafio sobretudo a gente não deixar que o tempo nos atropele, vamos todos, no início do ano, com muitas esperanças e projeções mas o tempo vai passando, há uma certa tristeza quando se esgota as possibilidades e não podemos deixar que se apodere de nós”, referiu o jornalista.

Octávio Carmo defende que “projetar um novo ano é importante” mas que o “mais importante é o que se vai fazendo a cada dia”.

Do ano de 2022, o entrevistado recorda uma reportagem a Montargil, na arquidiocese de Évora, “logo no início do ano”, onde estiveram os símbolos da Jornada Mundial da Juventude.

“Eu gostei de estar num sítio onde havia 20 ou 30 pessoas à volta dos símbolos, era muito significativo para aquelas pessoas e, sobretudo o espanto de verem lá a reportagem da ECCLESIA”, recorda.

Na conversa que integra o programa de rádio ECCLESIA, na Antena 1 da rádio pública, deste sábado, Octávio Carmo refere que “ao longo do ano foi sempre recordando esse momento que o foi inspirando”.

A acompanhar o Papa há quase dez anos, o entrevistado lembra o momento em que Francisco, nos encontros no Canadá, “pede desculpa à comunidade indígena”.

“É um tempo muito invulgar em que duas comunidades com memória se encontram, a Igreja Católica com dois milénios de história e a comunidade indígena que tem milhares de anos. Ali o Papa foi recebido como um ancião, chamado de águia branca, é uma mais valia ao nível dos seus anciãos, foi muito emocionante”, revela.

O vaticanista confessa mesmo que o Papa Francisco “acaba por se tornar parte da família” e quando há “momentos mais fora do comum também os sente”.

Ainda do Vaticano, o entrevistado recorda o dia 19 de março, quando saiu o documento da “nova constituição para a Cúria Romana”, numa estrutura mais virada para fora e com mais participação de leigos e leigas”.

Também de várias leituras e de música, essencialmente brasileira, fica marcado o ano de 2022 para Octávio Carmo mas é uma “uma viagem adiada” que fica a grande memória.

“As minhas filhas não vão levar a mal mas a viagem que vai ficar é a dos 20 anos de casamento, tínhamos combinado a lua de mel, em 2002, nos Açores e eu fui chamado para a tropa… passados 20 anos foi cumprido, era da mais elementar justiça, e foi muito interessante, nomeadamente a visita à Ilha Terceira”, conta. 

Olhando o novo ano, o jornalista aponta à esperança necessária e a Jornada Mundial da Juventude, como “ponto de viragem”, que seja uma “grande celebração da fraternidade”.

A entrevista integra o programa de rádio ECCLESIA, deste sábado, na Antena 1 da rádio pública, pelas 06h00, ficando depois disponível online e em podcast.

SN

2022: O ano em que o Papa chorou (c/vídeo)

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