2013: O ano das lideranças empresariais!

Jorge Líbano Monteiro, secretário-geral da ACEGE

O ano de 2013 será, tal como todos os outros anos, um tempo novo que Deus oferece a cada um de nós para viver com verdade, colocando todas as suas capacidades e a sua realidade, na procura de cumprir a sua missão no mundo.

Um tempo, necessariamente novo no qual sabemos que, pese embora tudo o que possa acontecer fruto das dificuldades e incertezas em que vivemos, Deus nos acompanhará nas decisões que tomarmos, nos trabalhos que iremos realizar.

Deus quer precisar de cada um de nós e do nosso trabalho para continuar a construção de um mundo mais justo, para promover a felicidade daqueles que nos são próximos. Por isso o ano de 2013 será um momento de enorme responsabilidade pessoal e um desafio para todos aqueles que acreditam que as dificuldades são parte integrante de um caminho que temos de percorrer para alcançar o fim último das nossas vidas.

É essa mesma responsabilidade que é pedida aos líderes empresariais católicos em 2013, que deem um testemunho de vida, que inspirem a confiança e o respeito, dentro e fora da empresa, na defesa dos seus trabalhadores e de todos aqueles que são influenciados pela vida das suas empresas.

Perante o momento em que vivemos, com graus de incerteza muito acentuados, os líderes empresariais, cristãos ou não, têm de ter a coragem íntima e a disponibilidade para um sacrifício acima do normal, num enorme exercício de sentido social.

É nos tempos de crise e nas dificuldades que se conhecem os verdadeiros líderes, que são capazes de fazer opções de fundo, confrontando o medo humano com a força interior para assumir o risco de identificar um caminho, transmitir a segurança aos que o seguem e promover sempre o sentido de justiça e de equidade.

No entanto, mesmo num ambiente de recessão, existirá espaço e lugar para o sucesso de muitas empresas que vão estar bem em 2013, e essas têm a obrigação de não se esconderem na crise mas procurarem, na medida da sua capacidade e da sua generosidade:

– Pagar a horas aos seus fornecedores, injetando dinheiro na economia;

– Melhorar os salários pagando remunerações mais próximas daquilo que é justo no plano da dignidade humana;

– Inovar nos produtos e serviços que oferecem mantendo a sua competitividade.

– Reservar algum prémio social para os seus colaboradores, sobretudo para aqueles que vão lidar com mais dificuldades. Aquelas que puderem devem mesmo acudir discretamente a situações sociais e familiares difíceis dentro da sua empresa.

Esta crise, e este ano, é assim uma janela de oportunidade para a afirmação dos líderes empresariais junto do mundo do trabalho. E é uma janela de oportunidade para a afirmação dos líderes cristãos perante Deus e os homens.

Acreditamos na ACEGE que, com a graça de Deus, 2013 será um ano difícil mas que será parte integrante do caminho de cada um de nós e do nosso caminho coletivo de recuperação económica e dos valores do desenvolvimento de cada um e de todos.

Jorge Líbano Monteiro, secretário-geral da ACEGE

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