A Irmã Cristina completa hoje, dia 25 de Junho, 100 anos de vida, mas ninguém lhe dá essa idade. Aparenta ser mais nova, com um rosto que espelha a serenidade interior de quem vive “plenamente para Deus”. A sua história pessoal e religiosa quase que se confunde com a da Congregação que a acolheu, no século passado, na Quinta das Rosas, era então Superiora a Irmã Elisabete de Sá, sucessora de Madre Wilson. “Desde jovem que sentia um apelo para a vida religiosa. Mas a minha mãe, doente e com filhos pequenos, dizia que só devia entrar para o Convento depois de ela partir deste mundo. E foi assim que eu fiz. Os meus eram muito religiosos, sempre com bons exemplos cristãos. De modo que, um dia, tinha 18 anos, bati à porta da Quinta das Rosas e foi recebida pela Irmã Superiora, Irmã Elisabete de Sá. Fiquei aprovada na escolha e pouco tempo depois voltei para me dedicar para sempre ao Senhor”. Para trás ficou o seu nome de baptismo, Isabel Quintal. E a Irmã Cristina cedo se dispôs a partir para as missões em Moçambique, onde ficou durante quase 40 anos. “Foi um tempo muito especial, embora com dificuldades materiais. Fiz de tudo um pouco, desde enfermeira, professora…”, lembra agora com uma certa saudade, ao mesmo tempo que agradece as oportunidades de viver o máximo a favor dos outros, através de um apostolado tão diversificado, como é o das Irmãs Franciscanas de Nossa Senhora das Vitórias. “Não conheci pessoalmente Madre Wilson, mas quando entrei na Congregação só ouvia falar na Boa Mãe, um exemplo a seguir para toda a vida”. Hoje, a Irmã Cristina vive no Colégio de Santa Teresinha com uma autonomia impressionante. O seu dia é preenchido com muita oração, mas ainda faz alguma costura, lê jornais, e segue com interesse as notícias do mundo.