«Na Sagrada Família de Nazaré encontrou um ideal de vida que propôs a todos e que continua neste ano de São José e ‘Família Amoris Laetitiae’» – D. António Luciano dos Santos
Viseu, 15 mar 2021 (Ecclesia) – O bispo de Viseu destacou a vida e o exemplo de monsenhor Joaquim Alves Brás, “defensor da família e dos seus valores”, que fez da “Casa de Nazaré um modelo e estilo de vida para todos”.
“Na Sagrada Família de Nazaré encontrou um ideal de vida que propôs a todos e que continua neste ano de São José e “Família Amoris Laetitiae”, a desafiar-nos”, explica D. António Luciano dos Santos numa mensagem que escreveu pelo aniversário da morte de monsenhor Joaquim Alves Brás.
Na mensagem enviada à Agência ECCLESIA, o bispo de Viseu recorda que o mês de março é preenchido por muitas datas marcantes da vida do monsenhor Joaquim Alves Brás, como o seu nascimento, a fundação do Instituto Secular das Cooperadoras da Família (ISCF) e a sua morte, há 55 anos, dia 13 de março de 1966.
“Partiu para a casa do Pai, para descansar das suas muitas azáfamas pastorais, do seu amor às obras que fundou, à família e à Igreja, consequência de um acidente de viação faleceu em Lisboa, no Hospital de Jesus no dia 13 de março de 1966”, acrescentou.
D. António Luciano dos Santos indica que era “promotor da vocação secular” e tem a “alegria” receber a aprovação de Direito Diocesano do ISCF, cujo carisma é o cuidado da “Santificação da Família e dos Sacerdotes”, no dia 19 de março de 1961, Solenidade de São José.
“Servidor das empregadas domésticas, libertador da opressão e exploração da mulher, tornou-se um profeta e apóstolo da família, um sonhador da vocação secular na Igreja ao serviço da transformação do mundo como luz, sal e fermento”, refere.
D. António Luciano dos Santos destaca de monsenhor Joaquim Alves Brás que é “exemplo e testemunho de virtudes” e com o Processo de Beatificação e Canonização a decorrer na Congregação da Causa dos Santos, esperam um milagre por sua intercessão.
Na mensagem envaida às Cooperadoras da Família, o bispo de Viseu assinala que monsenhor Joaquim Alves Brás “cresceu e viveu uma infância normal”, no seio da família num ambiente calmo e cristão da sua terra, “onde o amor ao trabalho e à honestidade, se acrescentava o ambiente de piedade religiosa, que se vivia no seu lar”.
No contexto do ano especial ‘Família Amoris Laetitiae’, recorda o que o escreveu o seu biógrafo: “Ao domingo da sua família ninguém faltava à Missa. (…) À noite rezava-se o terço em família, à volta da lareira quando estava frio. Era o pai que presidia à oração. (…) Na educação dos filhos contava mais com o exemplo do que com os ralhos ou os castigos. Nunca lhes bateu. Esse encargo, quando se tornava necessário, ficava por conta da Mãe”.
A 27 de dezembro de 2020, dia em que a Igreja Católica celebrou a festa litúrgica da Sagrada Família, o Papa anunciou um “ano especial” dedicado à família, a partir de 19 de março, assinalando o 5.º aniversário da exortação ‘Amoris Laetitia’ (A Alegria do Amor).
Francisco publicou a sua exortação apostólica sobre a família, a 8 de abril de 2016, uma reflexão com nove capítulos, mais de 300 pontos, que recolhe as propostas de duas assembleias do Sínodo dos Bispos (2014 e 2015) e dos inquéritos aos católicos de todo o mundo.
CB