Viseu: Ano pastoral dedicado ao Batismo tem como «prioridades» a família, os jovens e as vocações

D. António Luciano desafia cada pessoa a «conhecer melhor o que significa ser batizado»

Viseu, 04 fev 2020 (Ecclesia) – O bispo de Viseu convida a Igreja diocesana a “contribuir e a empenhar-se” em ajudar cada pessoa a “conhecer melhor o que significa ser batizado, ser cristão, ser Igreja”, na carta pastoral para o atual ano 2019/2020.

“Precisamos de dar razões da nossa alegria, da nossa fé e, sem medo, afirmar que um dia, fomos batizados”, escreve D. António Luciano à diocese.

O bispo de Viseu afirma que “o futuro da Igreja nas paróquias tem de passar pelo serviço e corresponsabilidade dos leigos” que, bem preparados e conscientes da responsabilidade da sua vocação batismal, “hão de animar e manter viva a vida eclesial na maior parte das comunidades da diocese”.

Com base no programa pastoral, a Igreja diocesana de Viseu é convidada a “uma consciência mais profunda” de que o essencial do ser cristão está em “ser chamado a fazer da sua vida um caminho de santidade” e “deve ser um estímulo” para que todos os batizados “descubram a grandeza da sua vocação batismal”.

‘O sacramento do Batismo, caminho de santidade’ é o tema do ano 2019-2020 na Diocese de Viseu, tem a família, os jovens e as vocações como “prioridades pastorais”.

O bispo de Viseu, sobre a situação atual da “fé no território da diocese”, explica que situa-se no “generalizado panorama de mudanças” sociais, culturais e religiosas na sociedade atual, vivem e acompanham uma “mudança de época”, um “novo momento histórico” onde o virtual e o real “continuamente se intersetam e colocam novos reptos, muitas vezes difíceis de compreender”.

A pergunta “o que é que a Igreja de Viseu deve fazer aqui e agora”, D. António Luciano explica que “merece uma resposta renovada e uma reflexão séria” sobre os desafios que a pastoral faz hoje a cada um.

Uma pastoral orientada para a cristandade, como aconteceu no passado, não tem lugar hoje. Só uma pastoral renovada, inovadora e dirigida a todos, poderá ter como horizonte um agir de proximidade, de encontro, de diálogo, de unidade, de comunhão, mas também de inquietação pastoral”.

Segundo D. António Luciano, o “grande desafio” à atual evangelização e à catequese é apresentar ao homem “os valores humanos, éticos, religiosos e sociais”.

Para o bispo de Viseu é “fundamental para a vitalidade da Igreja” a convicção de que todos os batizados “se sintam responsáveis pelo cuidado das vocações” e “é da máxima importância” que se crie uma cultura vocacional nas paróquias com ações de proximidade na relação entre o sacerdote e as famílias, e as famílias entre si, em mútua reciprocidade.

O bispo diocesano assinala que a família “continua a ser o centro da missão eclesial” e, entre outras propostas, espera que se “mobilize um grande número” para no ‘Dia Diocesano das Famílias’, a 16 de maio, com a celebração do Jubileu Familiar – 10, 25, 50 anos de matrimónio; 25 e 50 anos de Batismo.

Para os próximos três anos, de 2019 a 2022, o tema da Iniciação Cristã é o eixo de uma proposta que começa na “redescoberta” dos sacramentos do Batismo, Eucaristia (2020/2021, a partir de 10 de outubro) e a Confirmação (2021/2022).

D. António Luciano explica que o triénio é também uma preparação para o “grande evento” que a Igreja em Portugal vai viver com a Jornada Mundial da Juventude 2022, em Lisboa, que é “uma graça de Deus para renovar a vocação jovem da Igreja”.

CB/OC

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Agência ECCLESIA

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