“Foi um ano cheio de bênçãos que permitiu o aprofundar da consciência do significado de pertencer a uma diocese”, D. António Augusto Azevedo
Vila Real, 09 dez 2022 (Ecclesia) – O Bispo de Vila Real, D. António Augusto Azevedo, disse, esta quinta-feira, na celebração de encerramento do ano jubilar que assinalou o centenário da criação da diocese que foi “um ano cheio de bênçãos”.
“Foi um ano cheio de bênçãos que permitiu o aprofundar da consciência do significado de pertencer a uma diocese”, disse o Bispo de Vila Real na homilia da Solenidade da Imaculada Conceição.
Ao longo do ano, a Diocese de Vila Real realizou várias iniciativas de âmbito cultural, histórico e religioso.
Uma oportunidade “de peregrinar” até à Igreja Catedral, “de evocarmos as figuras de bispos e presbíteros que marcaram a vida da diocese, dos movimentos laicais e outras realidades pastorais que enriqueceram este longo e belo caminho”, sublinhou o prelado da diocese de Trás-os-Montes.
Na sua homilia, D. António Augusto de Azevedo recordou os tempos de celebração, de encontro e de festa, mas não deixou de lembrar “também erros, carências e pecados que fizeram parte deste trajeto e de que nos penitenciamos”.
No encerramento das celebrações do ano jubilar que se realizou na Solenidade da Imaculada Conceição da Virgem Santa Maria, padroeira da diocese, o Bispo de Vila Real agradeceu a “intercessão materna” de Maria “em favor” da diocese transmontana e anunciou que é “dia de olhar o futuro, de sonhar e perspetivar o que está por vir”.
Não se trata de um exercício de adivinhação ou da pretensão de pensar que se conhece antecipadamente, se domina ou determina o que está diante de nós”, proferiu.
A concluir o ano jubilar, D. António Augusto Azevedo convida a diocese a olhar o futuro com esperança.
“Estou certo que esta vinha centenária que cresceu com raízes fortes e profundas, poderá produzir mais e melhores frutos, um vinho ainda mais abundante e delicioso”, afirmou
Apesar de “alguns sinais preocupantes” a atitude do crente é “sempre de esperança” porque “não estamos dominados pela idolatria do presente ou do sujeito mas vemos sempre mais além e mais alto”.
A diocese entra num novo século de vida com “renovada esperança de que a bela história de salvação que começou a ganhar forma e corpo na anunciação continuará a acontecer no hoje e amanhã da nossa vida pessoal e coletiva”.
Quando se visualizam “sinais preocupantes” no “processo de envelhecimento e desertificação”, o Bispo de Vila Real refere que “é urgente encarar esta situação para encontrar soluções no sentido de a atenuar e inverter”.
O contexto atual pede “uma purificação do olhar” e uma “mudança de atitude” no sentido de um “renovado entusiasmo no anúncio do Evangelho e de compromisso com a missão da Igreja”.
Os meios humanos “não abundam e as condições materiais são limitadas”, mas “move-nos a convicção de que, quando fazemos tudo o que nos é possível, Deus fará o impossível”, concluiu D. António Augusto de Azevedo.
No ano jubilar, a Diocese de Vila Real teve patente a exposição ‘Crescer com raízes – Centenário da Diocese de Vila Real’, no Seminário daquela cidade e realizou múltiplas atividades comemorativas.
LFS