D. António Augusto Azevedo destaca importância da «prática sinodal»
Vila Real, 20 abr 2022 (Ecclesia) – O bispo de Vila Real disse que a celebração do centenário da diocese, que se assinala hoje, tem permitido “uma grande capacidade de reflexão dos organismos” e tem permitido “evocar algumas pessoas e acontecimentos”.
“Tem permitido uma prática sinodal das pessoas se encontrarem e, à volta das iniciativas do centenário, se sentirem que são uma mesma igreja”, disse D. António Augusto Azevedo à Agência ECCLESIA.
Nascida num ambiente pascal, 20 de abril de 1922, o bispo de Vila Real realça que os dinamismos da Páscoa “têm de ser recriados” na diocese centenária.
Com um contexto “muito próprio”, apesar das comemorações terem sido condicionadas pela pandemia, D. António Augusto Azevedo realça que o percurso “foi muito interessante com um envolvimento de muita gente”.
Celebrar 100 anos é motivo “para ganhar força e ânimo para continuar a missão desta igreja”, sublinhou, em entrevista emitida esta quarta-feira, no Programa ECCLESIA (RTP2).
Para o bispo de Vila Real o “mais” importante “é caminhar todos juntos” e “não caminhar depressa”.
Com uma “marca e cultura própria”, o entrevistado considera que, na região de Vila Real, os “valores religiosos são marcantes e fazem parte da matriz de fé”.
A emigração e o envelhecimento são fatores que estão tatuados na geografia humana daquela região de Trás-os-Montes, todavia a existência de uma Universidade “deu-lhe um rosto mais jovem e um dinamismo maior”, acentuou o responsável católico.
Nas zonas rurais, a desertificação “é notória” e as aldeias têm praticamente “pessoas idosas”.
“A Igreja ainda é uma presença muito significativa e muito forte, mas vejo com alguma preocupação o futuro dessas comunidades”, alertou o bispo de Vila Real.
Olhando para o futuro, D. António Augusto Azevedo reconhece que o turismo “pode ser muito importante para a região”.
‘Crescer com raízes’ é o lema das celebrações deste centenário da Diocese de Vila Real, que tem o propósito de planear o futuro a partir do presente e de 100 anos de história.
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