D. António Augusto Azevedo explica que vão apoiar «situações de emergência social» e «famílias ou instituições»
Lisboa, 20 fev 2020 (Ecclesia) – O bispo de Vila Real anunciou que a renúncia quaresmal de 2020 vai ter como “destino” a “criação de um Fundo Social Diocesano”, para “responder a situações de emergência social” ou outras “solicitações de apoio” a famílias ou instituições.
“Recordo a importância do contributo penitencial que cada paróquia deve organizar e o sentido da renúncia quaresmal a que todos são convidados”, escreve D. António Augusto Azevedo na mensagem para a Quaresma 2020.
No documento enviado à Agência ECCLESIA, o bispo de Vila Real informa que o Fundo Social Diocesano vai “responder” a situações de “emergência social” ou a outras solicitações de “apoio por parte de pessoas, famílias ou instituições em grave necessidade”.
A Quaresma é um tempo de 40 dias que tem início com a celebração de Quarta-feira de Cinzas, este ano no próximo dia 26 de fevereiro, marcado por apelos ao jejum, partilha e penitência, que serve de preparação para a Páscoa, a principal festa do calendário cristão.
“Percorrer este caminho de quarenta dias com a Igreja, favorecerá o reencontro com Cristo pascal e o assumir de uma identidade cristã mais purificada, alegre e comprometida”, observa.
Na mensagem ‘Caminho para uma vida mais pascal’, D. António Augusto Azevedo realça que a Quaresma “é um tempo forte para caminharmos para uma vida mais pascal” e convida “todos os cristãos da diocese” a aproveitarem este tempo para “caminhar ao encontro de Cristo ou a deixar-se encontrar por Ele, para redescobrirem o seu verdadeiro rosto no Crucificado-Ressuscitado”.
“Viver uma Quaresma autenticamente cristã ajudará cada um a redescobrir a sua identidade batismal e o ideal de santidade que ela comporta. Nesse sentido, os exercícios que a tradição da Igreja propõe para este tempo, como a oração mais intensa, um jejum significativo e uma caridade mais efetiva, favorecem a santificação do crente”, desenvolve.
O bispo de Vila Real assinala que a oração, o jejum e a esmola/renúncia/“caridade” são práticas, “inspiradas na sabedoria do Evangelho, necessárias” para quem vive neste mundo “imerso numa febre consumista e úteis para promover um estilo de vida diferente, mais simples, sóbrio, saudável e solidário, logo mais feliz”.
D. António Augusto Azevedo explica que a liturgia do tempo litúrgico da Quaresma, “prevista para acolher os catecúmenos na comunidade cristã”, constitui um “grande apelo para a redescoberta do significado do sacramento do batismo” e suas implicações na vida quotidiana.
“Para evidenciar o sentido batismal, a Quaresma é também um tempo propício para que o cristão valorize o sacramento da reconciliação”, acrescenta o bispo de Vila Real na mensagem, que pode ser lida no sítio online da diocese.
A Diocese de Vila Real foi criada pelo Papa Pio XI pela Bula ‘Apostolicae Praedecessorum Nostrorum’, de 20 de abril de 1922; tem 4273 km2 e 264 paróquias.
CB/OC