Vila Real: 11 passos para o regresso às celebrações comunitárias, com «prudência e responsabilidade»

Bispo diocesano sublinha necessidade de colaboração entre padres e leigos, nesta nova fase

Foto: Agência ECCLESIA. Interior da Sé de Vila Real

Vila Real, 25 mai 2020 (Ecclesia) – O bispo de Vila Real lançou um conjunto de orientações para o regresso das celebrações comunitárias, a partir da vigília de Pentecostes, este sábado, com “prudência e responsabilidade” após 11 semanas de suspensão, por causa da pandemia de Covid-19.

“Estes passos de um desconfinamento gradual exigem de todos a mesma prudência e responsabilidade. Concretamente aos fiéis da diocese renovo o apelo para que continuem a dar exemplo de maturidade cívica e de compromisso com o bem comum”, escreve D. António Augusto Azevedo, num texto enviado hoje à Agência ECCLESIA.

Num conjunto de 11 recomendações, que recorda o documento publicado a 8 de maio pela Conferência Episcopal Portuguesa, o responsável católico sublinha que esta nova fase “vai exigir um maior esforço aos párocos, um espírito de compreensão por parte dos fiéis, e, sobretudo, uma grande colaboração entre padres e leigos”.

O bispo de Vila Real pede a criação de equipas de acolhimento e indica que os mais idosos, fragilizados ou pertencentes a algum grupo de risco podem acompanhar as celebrações através dos vários meios de comunicação social ou da internet.

Já aos que vão participar nas celebrações, recomenda-se que procurem estar informados das alterações de procedimentos.

“O objetivo é minimizar os riscos de contágio e defender a saúde de todos. É obrigatório o uso de máscara ao entrar na igreja e a higienização das mãos”, escreve D. António Augusto Azevedo.

Considerando que a regra do distanciamento vai implicar uma redução da capacidade de cada igreja, o prelado deixa a cada paróquia a decisão de definir os lugares disponíveis, admitindo a alteração dos horários e locais das missas.

“As celebrações ao ar livre são possíveis sempre que se justificarem e onde houver condições, respeitando as regras litúrgicas e todas as normas de segurança” acrescenta.

Tal como noutras dioceses, o bispo de Vila Real recomenda o adiamento de batismos e matrimónios, deixando para o próximo ano pastoral as celebrações do sacramento da Confirmação e as visitas às comunidades católicas.

As exéquias são momentos especialmente sensíveis que exigem cuidados redobrados. Devem ser respeitadas as normas das várias entidades públicas e as orientações da Igreja. Nesta fase são desaconselhados os ofícios dos defuntos na forma pública, podendo ser rezados particularmente”.

Seguindo as orientações da CEP, são suspensas peregrinações, procissões, festas, romarias e concentrações religiosas.

“Agora, mais do que nunca, precisamos de cuidar uns dos outros, sobretudo daqueles nossos irmãos mais afetados por esta crise pandémica e pelas suas consequências”, indica D. António Augusto Azevedo.

O responsável católico deixa uma palavra de “ânimo e conforto” aos doentes e às famílias atingidas por esta pandemia e também uma palavra de solidariedade a “todas as vítimas das suas graves consequências que se começam a evidenciar, como o desemprego, as carências económicas ou as fragilidades psicológicas”.

“Não posso deixar de realçar o esforço de muitos padres e leigos em manterem as comunidades cristãs unidas e com a vitalidade possível nestas circunstâncias, bem como exaltar as múltiplas iniciativas dos secretariados diocesanos, movimentos e grupos, sempre com a marca da criatividade pastoral, aproveitando as potencialidades do mundo digital”, acrescenta.

Segundo o bispo de Vila Real, estar crise obriga a “desinstalar de algum conformismo e rotina, a superar alguma apatia, ousando novas possibilidades”.

OC

Orientações da Conferência Episcopal Portuguesa para a celebração do Culto público católico no contexto da pandemia COVID-19

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