D. João Lavrador rezou por todos os que estão na «linha da frente», com a força da fé na ressurreição
Angra do Heroísmo, Açores, 11 abr 2020 (Ecclesia) – O bispo de Angra presidiu hoje à Vigília Pascal na catedral açoriana, evocando a pandemia de Covid-19 que impediu a celebração comunitária da ressurreição de Jesus Cristo.
“Esta situação deve despertar-nos para um desejo maior de encontro e participação”, disse D. João Lavrador, numa celebração transmitida através dos media.
O responsável católico deixou uma saudação aos que estão na “linha da frente” do combate à pandemia e as famílias que estão a sofrer com esta situação.
“Que o Senhor ressuscitado nos ilumine”, pediu.
A intervenção sublinhou que a ressurreição de Jesus leva “ao encontro dos irmãos, para com eles partilhar desta novidade, que gera comunidade, comunhão”.
“Impulsiona-nos para anunciar a boa notícia, que é Jesus Cristo ressuscitado”, observou D. João Lavrador.
O bispo de Angra desafiou todos os católicos a assumir a sua condição de batizados, aprofundando a “experiência de vida cristã”, num mundo que precisa de “abrir-se à luz do ressuscitado”, resposta às perguntas existência e “sentido para a vida”
“Jesus Cristo oferece a sua luz a todos os homens, em qualquer condição”, referiu ainda.
O prelado sublinhou a necessidade de viver com fé e sem medo, diante de uma cultura que “paralisa”, e apelou a um “estilo de vida sóbrio e humilde”, capaz de partilhar com os mais excluídos e oferecer esperança a quem “não vive em pleno a sua dignidade humana”
A homilia concluiu-se com “votos de santa e feliz Páscoa”, para os idosos, os doentes, os presos, os que sofrem de exclusão, todos os que se dedicam à causa de “aliviar o sofrimento e dar melhores condições de vida”.
À imagem do que fizera na Quinta-feira Santa, D. João Lavrador deixou também uma saudação a “milhão e meio de açorianos”, no arquipélago e na diáspora.
Nas normas para as celebrações na Semana Santa por causa da pandemia covid-19, a Congregação para o Culto Divino e a Disciplina dos Sacramentos (Santa Sé) indicou que a Vigília Pascal, celebração mais importante do ciclo litúrgico, fosse celebrada, como todas as restantes celebrações, com a ausência de fiéis, omitindo-se o ritual do fogo e a procissão inicial.
OC