Vigília Pascal: «A rejeição da esperança torna o mundo mais pobre e estreito» – D. Manuel Linda

Bispo do Porto pediu que a fé não se deixe sufocar e que o contexto em que se vive não faça perder a alegria de viver

Foto: Diocese do Porto

Porto, 30 mar 2024 (Ecclesia) – O bispo do Porto afirmou hoje que a “rejeição da esperança torna o mundo mais pobre e mais estreito” e convidou os participantes na Vigília Pascal, a afirmá-la num mundo com “contradições e sofrimentos”.

“O mundo continua com as suas contradições e os seus sofrimentos, as suas baixezas e gosto impuro de derramar sangue inocente. Mas pela Cruz e pela Ressurreição, a esperança mantém-se viva. É esperança na graça de Deus, que não nos obriga nem nos tolhe, mas nos auxilia no ato de discernir, no ato de ver a realidade e de escolher/optar. E de optar pela vida e vida em plenitude”, afirmou D. Manuel Linda, na homilia da celebração na Sé do Porto.

O responsável afirmou que o mundo necessita “assentar mais nesta esperança” que, unida à fé, faz “perceber que a morte não tem a última palavra”, que a vida “não mergulhará no vazio, que os desaires contemporâneos não são o fim, mas que tudo é chamado a ascender do menos para o mais, do anti-humano para o humano integral”.

Procurando que o mundo não “sufoque” a fé e que não faça perder a alegria de viver, D. Manuel Linda afirmou a esperança não como uma “fuga da realidade para um mundo idealizado” mas uma esperança que “sem disfarçar ou apagar as dificuldades, limitações e pecados”, se apresenta como certeza de amor: “É certeza de sermos amados pelo Senhor da Vida, que não desiste de nós, que nos leva a esperar na redenção, nos impele à conversão e nos quer ativos no mundo”.

“Também hoje, como sempre, a esperança nos impede de desistir, até porque sabemos que há sempre alguém que me espera, um Pai a olhar para o meu caminho”, indicou.

LS

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