“Vidas que falam” na rua Augusta

Uma exposição integrada no Congresso Internacional para a Nova Evangelização Um Santo António alemão e uma Madre Teresa de Calcutá francesa. Não é engano. Nas missões de rua, integradas no Congresso Internacional para a Nova Evangelização (ICNE), realizadas na baixa lisboeta (Rua Augusta, Largo de S. Domingos e Praça D. Pedro IV) os caminhantes apressados podem receber uma mensagem ou uma flor destes jovens vestidos como Santo António ou como Madre Teresa. “Como não falam português fazem estes gestos simbólicos” – disse à Agência ECCLESIA Catherine Bez, uma francesa da Comunidade das Bem Aventuranças. E completa: “são as barreiras linguísticas”. Os jovens missionários das comunidades internacionais que participam no ICNE tentam expressar-se na língua de Camões. Quando não têm receptividade dos portugueses para dois dedos de conversa oferecem autocolantes. “Alegra-te – Deus te ama” é a mensagem que muitos guardam como recordação mas outros colam-na na indumentária. Bem no centro da rua muitos param para ver a exposição “Vidas que falam”. No quadro de João Paulo II aparece a frase “não tenhais medo”. Nem todos ficam convencidos porque ficam indiferentes ao que os rodeia. “O amor nunca diz já chega” é o slogan de Pier Giogio Frassati por isso Catherine Bez salienta que “estes encontros são muito interessantes. Conheço novas realidades e posso transmitir o amor de Deus a quem passa”. A alegria reina naquele espaço e alguns vendedores «infiltrados» aproveitam-se para abordar os caminhantes. Quatro congressistas – suponho que franceses – pedem-me para tirar uma fotografia ao grupo. Depois de clicar na máquina fotográfica dizem-me: merci. Jesus est notre ami”. Respondo : «Je suis d´accord». Christophe Deboeuf, da Comunidade Emanuel, é francês mas casou com uma portuguesa. Ao relatar à Agência ECCLESIA a sua experiência de voluntário no ICNE afirma que “estou aqui para ouvir as alegrias e tristezas das pessoas”. Uma partilha “que me faz crescer e ajudar os outros”. Lisboa ficará diferente depois deste congresso? “Vou rezar para que tal aconteça” – concluiu Catherine Bez.

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