Vida da Igreja em Portugal nos meses antecedentes do concílio

Os bispos portugueses incentivaram – através de notas pastorais – os católicos a prepararem-se para o magno acontecimento eclesial a iniciar-se em outubro de 1962, no Vaticano.

Os bispos portugueses incentivaram – através de notas pastorais – os católicos a prepararem-se para o magno acontecimento eclesial a iniciar-se em outubro de 1962, no Vaticano.

Além das orientações dos prelados, a vida das dioceses era marcada por uma dinâmica progressiva. Na diocese de Lamego, o bispo local publicou um decreto (10 de junho de 1962) erigindo o «Fundo diocesano para a dotação das paróquias pobres» destinado a coligir meios com que possam “ser condignamente sustentados os párocos cujas paróquias não têm benefício paroquial ou o têm insuficiente” (Boletim de Informação Pastoral, nº18, julho-agosto de 1962).

Nos considerandos refere-se que é “grande o número das paróquias nestas condições existentes na diocese” e que “a Santa Sé tem insistido com os bispos portugueses por que os benefícios paroquiais sejam o mais rapidamente possível providos de dotes suficientes”.

Uma nota de D. José Pedro, bispo de Tiava e presidente da Junta Central da Ação Católica, publicada a 18 de julho de 1962, sublinha que os Cursos de Cristandade são integrados num serviço de formação criado pela Ação Católica Portuguesa (ACP).

No diploma, publicado no nº de agosto-setembro, do Boletim Oficial da ACP refere que será criado “o Serviço de Formação Apostólica e nele “são integrados os Cursos de Cristandade” que em Portugal e também noutros países, se “têm revelado instrumento admirável de renovação espiritual e apostólica».

O cardeal português, D. José da Costa Nunes, publicou na revista italiana «La cultura nel mondo» um longo artigo – transcrito por vários órgãos de comunicação social em Portugal – intitulado «Aspeto missionário da colonização portuguesa», no qual sublinha que o «caso português» difere do dos outros colonizadores porque a presença de Portugal se afirmou nas terras ultramarinas sobretudo como presença missionária, construindo igrejas, catequizando, modelando as almas e fazendo cristãos.

Pelo Ministério do Exército fui publicada uma portaria regulamentando, a título experimental a «Chefia do Serviço de Assistência Religiosa» do Exército Português. (BIP nº 18, julho-agosto de 1962, Pag. 19). Compete a esta chefia superintender, de acordo com as autoridades eclesiásticas, nos assuntos de assistência religiosa às tropas e informar sobre a nomeação de capelães. No último número da portaria dá-se a entender a futura publicação de um diploma que defina o quadro organizado do Serviço de Assistência Religiosa às Forças Armadas.

A Nunciatura Apostólica em Lisboa tornou público, no dia 06 de agosto de 1962, a notícia da nomeação de D. Custódio Alvim Pereira para o cargo de arcebispo de Lourenço Marques, que estava vago desde o falecimento (06 de fevereiro de 1962) de D. Teodósio Clemente de Gouveia. Nesse mesmo dia, foi tornada pública a criação de mais uma diocese no ultramar português, a diocese de Inhambane, destacada da arquidiocese de Lourenço Marques.

LFS

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