Religiosas destacam-se no serviço a pessoas com problemas de saúde mental
Lisboa, 28 out 2021 (Ecclesia) – As Irmãs Hospitaleiras do Sagrado Coração de Jesus (IHSCJ) estão a celebrar os 75 anos da criação da província em Portugal, atualmente empenhadas no serviço a pessoas com problemas de saúde mental, com 12 estabelecimentos no país.
A provincial das IHSCJ disse hoje à Agência ECCLESIA que instituição procura sempre novas soluções e está a procurar respostas para as questões dos distúrbios alimentares.
“A congregação está a ensaiar a criação de algum tipo de resposta, mais a nível de consulta e, eventualmente, depois a nível de internamento, mas percebemos que é uma necessidade sobretudo em determinadas zonas, por isso é um projeto para o futuro, mas está a ser elaborado no presente”, realçou a irmã Sílvia Moreira.
Após os tempos de pandemia, indica a responsável, “nunca se falou tanto de saúde mental e desta realidade como hoje”, o que levou as Irmãs Hospitaleiras do Sagrado Coração de Jesus a perceber que “existiam muitas situações pessoais e familiares que estavam, mais ou menos controladas, e que o confinamento trouxe uma série de problemáticas”.
“A pandemia veio confirmar a necessidade de atuar sempre na área da saúde mental”, frisou a entrevistada.
Os conceitos de fragilidade e periferia “estão no centro” das preocupações destas consagradas porque “nasceram para eles”, para os “mais frágeis”, acrescentou a irmã Sílvia Moreira.
As Irmãs Hospitaleiras trabalham em várias áreas, como as demências, cuidados continuados ou cuidados paliativos.
A congregação religiosa, que está em 27 países de quatro continentes, foi fundada a 31 de maio de 1881, em Ciempozuelos – Espanha, por São Bento Menni.
A província portuguesa das IHSCJ vê na celebração dos 75 anos “um momento de voltar às origens e perceber a evolução”, acrescentou a responsável.
De 3 a 16 de outubro de 1946 realizou-se em Ciempozuelos (Espanha) o IX capítulo geral da congregação e a 27 do mesmo mês, a superiora geral, irmã Silvestra Ros dirigiu ao instituto uma circular.
“A proposta mais relevante deste Capítulo, além das eleições, foi a criação das Províncias, um objetivo há muito tempo urgente, em face da extensão que, graças ao Senhor, vai tomando o instituto, pelo crescente número de casas e de irmãs e a grande distancia que as separa”, lê-se.
LFS/OC