Viana do Castelo tenta fugir a crise vocacional

A diocese de Viana do Castelo está envolvida na formação da fé com a família porque “é na família que se decidem e jogam todos os ideais, nomeadamente a vocação de especial consagração” – referiu à Agência ECCLESIA o Pe. Alfredo Sousa, reitor do Seminário Diocesano de Viana do Castelo. No passado dia 26 deste mês realizou-se o encontro diocesano de animadores vocacionais. É fundamental que em todas as paróquias “existisse um grupo de animadores cuja missão passasse pela oração vocacional”. Para além deste ponto, o reitor do seminário pretende que estes animadores dinamizem a nível paroquial e, numa escala maior, a nível arciprestal e diocesana “uma mentalidade de cultura vocacional” – frisou. Apesar de ser uma diocese vasta e grande, as paróquias enviaram animadores que devem ter as seguintes características: “amor a Cristo e à Igreja e uma grande sensibilidade pelo despertar das vocações”. Na diocese de Viana do Castelo há uma equipa de padres que trabalham nesta área da pastoral. No entanto, os animadores são uma ajuda essencial neste caminho. “Está no mesmo patamar” daqueles que se questionam vocacionalmente – realça. A caminhada vocacional é um trabalho de rede. “Se o animador não souber responder a algumas questões encaminha para os sacerdotes” – avança o Pe. Alfredo Sousa. E acrescenta: “o trabalho do animador não tem grande visibilidade, mas é essencial porque provoca”. Um leigo está “melhor posicionado” para dizer a outro leigo – rapaz ou rapariga – que a igreja “precisa de sacerdotes”. E admite: “As vocações que vão surgindo, normalmente, chegam ao seminário através de informações dos leigos”. Na diocese de Viana do Castelo, o panorama vocacional não é negativo. “Não deitamos as mãos à cabeça”. No seminário diocesano estão 17 jovens. Depois do 12º ano vão para a Teologia, em Braga, onde estão 8 seminaristas. “Temos também três diáconos que serão ordenados presbíteros nos próximos meses” – afirmou. No Pré-Seminário – período de discernimento antes de ingressar no seminário – “temos 13 adolescentes”. Para além deste número temos também “três ou quatro com cursos superiores”. Uma modalidade orientada para vocações adultas ou tardias. “Não estamos muito mal comparados com outras dioceses”. Com cerca de 130 sacerdotes, esta diocese minhota “não sofre uma crise vocacional” – sublinha. Para que a crise não apareça, “estamos a prevenirmo-nos” – disse. Quando a diocese tinha o Seminário em Monção, o principal alfobre vocacional residia na parte norte deste terreno eclesial (Monção, Melgaço, Arcos de Valdevez, Paredes de Coura e Ponte da Barca). Quando o Seminário foi deslocalizado para a cidade de Viana do Castelo começaram “a escassear as vocações nessa zona” e a “engrossar as vocações noutros pontos da diocese” – confidenciou o Pe. Alfredo. E completa: “o mais representado é Viana e Ponte de Lima”. Na semana das Vocações (26 de Abril a 3 de Maio), o Reitor do Seminário daquela diocese minhota afirma que “iremos realizar vigílias de oração pelas vocações em muitos locais”. E finaliza: “Isto não se resume a uma semana, mas a diocese responde afirmativamente à provocação da semana de oração pelas vocações”.

Partilhar:
plugins premium WordPress
Scroll to Top