Tema marcou reunião de D. Anacleto Oliveira com os membros do Conselho Presbiteral
Viana do Castelo, 27 mar 2019 (Ecclesia) – O bispo de Viana do Castelo reuniu-se com o Conselho Presbiteral da diocese, numa iniciativa que incidiu sobretudo sobre os “critérios pastorais para a celebração da Eucaristia”.
De acordo com um comunicado enviado hoje à Agência ECCLESIA, D. Anacleto Oliveira salientou um sacramento que tem “um lugar imprescindível na vida da Igreja” e que deve “merecer, da parte dos cristãos, um respeito sagrado”.
Para aquele responsável católico, é hoje fundamental “uma conversão em alguns aspetos que envolvem a celebração” da Eucaristia, de modo a que esta conserve sempre o seu sentido primordial.
Com base nesta introdução de D. Anacleto Oliveira, os membros do Conselho Presbiteral da Diocese de Viana do Castelo traçaram alguns aspetos que consideraram como fundamentais, no que toca à celebração da Eucaristia.
Entre eles a “necessidade de superar uma conceção individualista da Eucaristia em nome de uma conceção mais eclesial”; e a importância “de ter presente que não há critérios pastorais definitivos, pois estes vão sendo elaborados a partir de um confronto constante da doutrina com a realidade”.
O clero vianense apontou ainda como essencial que as “eventuais modificações / adaptações pastorais” à estrutura da celebração eucarística sejam objeto de uma “preparação cuidada, evitando mudanças repentinas e irrefletidas”.
Durante esta reunião, sobressaiu a vontade de dar “voz ativa aos leigos”, indo também ao encontro “da especificidade de cada comunidade”.
Esta discussão à volta da temática da Eucaristia vem introduzida na carta pastoral que D. Anacleto Oliveira enviou a todas as comunidades, neste ano pastoral e no âmbito das comemorações dos 40 anos da criação da diocese.
No documento, intitulado ‘Somos Igreja que Evangeliza’, D. Anacleto Oliveira recorda que a celebração eucarística é um “memorial atualizante da vitória de Cristo sobre a morte” e deve ser vivenciada como isso mesmo.
“Se a Eucaristia, como memorial da vitória de Cristo sobre a morte e, consequentemente, o maior acontecimento da história da humanidade, é a celebração mais festiva, como se compreende que, precisamente em procissões, festas e romarias, seja habitualmente a menos participada?”, questiona o prelado.
D. Anacleto Oliveira aborda ainda o modo como são encaradas “as Missas durante a Semana, quanto à pressa e ligeireza com que são ‘despachadas’, sem um cântico e um comentário à Palavra de Deus!”
“Uma vez que são aplicadas predominantemente por defuntos, será que quem nela se apresenta, com a sua apatia, acredita realmente na ressurreição, que está no centro da celebração?”, pergunta D. Anacleto Oliveira.
A próxima reunião do Conselho Presbiteral da Diocese de Viana do Castelo está agendada para dia 28 de maio e, entre outros aspetos, dará continuidade à reflexão iniciada neste encontro.
JCP