Viana: D. Anacleto Oliveira presidiu ao primeiro Conselho Presbiteral

Formação de agentes para cumprir a missão

A formação de agentes para a missão é a pedra de toque da renovação da pastoral considera o Conselho Presbiteral de Viana do Castelo que ontem se reuniu pela primeira vez sob a presidência do novo Bispo Diocesano D. Anacleto Oliveira.

Tratou-se de um dia de «trabalho de discernimento pastoral» que teve por base o Instrumento de trabalho proposto pela Conferência Episcopal designado “Repensar juntos a pastoral da Igreja em Portugal”.

O Conselho Presbiteral de Viana do Castelo sugeriu a realização de um ofertório diocesano com vista à criação de um «fundo de ajuda» às paróquias mais necessitadas que estão empenhadas em obras, sobretudo, na construção de novas igrejas.

A ideia veio de uma solicitação de solidariedade das várias comunidades paroquiais da diocese para a construção da Igreja paroquial de Senhor do Socorro, uma vez que se trata de uma paróquia recente e sem grandes recursos financeiros, nos arrabaldes da cidade. Neste momento na diocese há mais duas igrejas novas em diferentes estádios de concretização. A comunidade da Correlhã, em Ponte de Lima, já dedicou o novo templo, mas continua com avultados encargos financeiros, enquanto a comunidade de Nossa Senhora de Fátima, no arciprestado de Viana do Castelo, está a lutar para encontrar dinheiro que lhe permita, agora, fechar a estrutura que já está construída, sendo necessários alguns milhares de euros para a concretização integral do projecto pastoral que engloba um espaço celebrativo.

A este propósito, D. Anacleto Oliveira, parafraseando S. Paulo, frisou que «os gestos concretos de solidariedade podem ajudar a criar, entre nós, a consciência de Igreja». E assinalou que «o gesto de partilha entre as comunidades cristãs é um gesto muito cristão».

Depois dos trabalhos de grupo sobre a temática central em análise, foram apresentadas, em Assembleia, algumas preocupações a ter presente na acção pastoral da Igreja, «quer na sua atitude perante a sociedade, quer na sua própria edificação».

Perante uma sociedade descristianizada e sua crescente secularização, marcada pela privatização da fé, os grupos apontaram a perspectiva de «uma pastoral de conjunto», com Cristo no centro, onde os leigos sejam, cada vez mais, «valorizados e formados na sua consciência de ser em comunidade eclesial».

«A Formação de formadores deve ser a grande aposta de uma Igreja que quer evangelizar a família e valorizar o acolhimento de todos, próximos e distantes, assim como promover o testemunho cristão no meio do mundo», pode ler-se no comunicado deste Conselho.

O encontro começou com a saudação do Bispo Diocesano, aos padres do Conselho, tendo frisado a «mútua necessidade de confiança e transparência entre Bispo e presbitérios».

Foi ainda ocasião para o Prelado apresentar a proposta para a Vígilia de Oração pela Vida Nascente, no dia 27 de Novembro, podendo ser celebrada com os Movimentos da Pastoral Familiar e contar com a bênção das senhoras grávidas.

O próximo Conselho Presbiteral, agendado para 15 de Fevereiro, tratará os possíveis temas para o próximo Projecto Pastoral diocesano, a implementação do Estatuto Económico para o Clero e do Estatuto do Arcipreste.

Paulo Gomes

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