Viana do Castelo, 22 abr 2011 (Ecclesia) – D. Anacleto Oliveira aproveitou a quinta-feira Santa, durante o almoço convívio com o seu presbitério para anunciar a convocação de uma Assembleia do Clero que, ainda sem data definida, deverá realizar-se no próximo outono.
O bispo diocesano quer convocar este dia de reflexão para com o clero «discutir» o que está a «congeminar» em ordem à Carta Pastoral já anunciada.
D. Anacleto, desta reflexão e com as orientações que possam emanar do seu escrito, presente enfrentar futuro entrando a fundo na «vida» e deixar de lado todo este lamento acerca das dificuldades do país e, sobretudo, da Igreja.
Para o prelado a crise, religiosa e profana, oferece «oportunidades» para viver o Evangelho que exigem que se encontre a forma de «dar a volta por cima».
Será, então, uma jornada de programação e preparação dos próximos anos pastorais a fim de que toda a programação se torne num ponto de arranque.
Na celebração da Missa Crismal, D. Anacleto começou por aplicar a si próprio as palavras de Cristo: «há muito que desejava celebrar esta Páscoa convosco».
A celebração onde se torna mais visível a comunhão do bispo com os seus padres foi ocasião para se festejar e agradecer os 60, 50 e 25 anos de ação pastoral de oito sacerdotes da diocese. Sublinhando que se trata de datas convencionadas, o Bispo Diocesano salientou a necessidade de «fazer balanço da vida sacerdotal», sobretudo questionar de onde vem a força que leva a fazer coisas maiores que a própria força humana.
De entre os vários fatores que cada um poderia apontar, D. Anacleto enalteceu o «azeite» com as suas diferentes possibilidades e simbolismo, como um fator comum.
Numa explicação «muito terra a terra», como frisou, destacou este elemento como fio condutor de toda a liturgia da Palavra e da bênção e consagração dos óleos.
O azeite pela sua dimensão fortificante da vida começou a ser ligado ao próprio autor da vida. Ora, a «unção» torna-se elemento integrante constitutivo de um mediador da força de Deus. Por isso, «ser ungido» é cada um tornar-se mais «propriedade de Deus».
Nesta dimensão da vida dos sacerdotes e Bispos vive «do azeite de que Deus se serviu para o sacramento», por isso, padres e Bispos são ungidos, mas também cada fiel batizado o é, juntando-se assim a «energia espiritual e a energia humana».
«A unção, carregada da Palavra de Deus que a acompanha, dá sentido e força» passando cada consagrado a ser «ministro da unção».
Os momentos mais ricos do sacerdócio, considera o prelado, é quando pela unção transmitimos a vida de Deus aos outros podendo, assim, dizer que «cumprimos a obra de salvação».
PG/DM