PJ deteve suspeito por «furto qualificado de arte sacra»
Viana do Castelo, 14 jun 2019 (Ecclesia) – A Polícia Judiciária, através do Departamento de Investigação Criminal de Braga, anunciou hoje que recuperou o relicário com uma vértebra que de Frei Bartolomeu dos Mártires, furtado esta terça-feira na Igreja de São Domingos, em Viana do Castelo.
Em comunicado, a PJ sublinha que esta é “relíquia considerada de grande valor sentimental e objeto de grande devoção religiosa na Diocese de Viana do Castelo”.
As autoridades detiveram esta quinta-feira, ao fim da tarde, o presumível autor deste “furto qualificado de obra de arte sacra”, um homem de 25 anos de idade.
O detido vai ser presente a primeiro interrogatório judicial para aplicação das medidas de coação.
O bispo de Viana do Castelo, D. Anacleto Oliveira, tinha referido à Agência ECCLESIA que o roubo do relicário com os restos mortais do beato Bartolomeu dos Mártires representava um “atentado à sensibilidade” dos católicos.
Em 2016, o Papa Francisco autorizou a ‘canonização equipolente’ de Frei Bartolomeu dos Mártires (1514-1590), sem necessidade de um novo milagre atribuído à intercessão do futuro santo português, antigo arcebispo de Braga e figura de referência do Concílio de Trento.
D. Anacleto Oliveira referiu ter indicações que a canonização “está para muito breve”.
Em Viana do Castelo, onde morreu, Bartolomeu dos Mártires ficou conhecido por ter mandado construir o Convento de Santa Cruz – depois designado de São Domingos, tal como a igreja contígua -, e, sobretudo, pela sua dedicação aos pobres.
Frei Bartolomeu, nascido em Lisboa, em 1514, foi responsável por territórios que hoje integram as dioceses de Braga, Viana do Castelo, Bragança-Miranda e Vila Real; foi declarado venerável a 23 de março de 1845, pelo Papa Gregório XVI, e beatificado a 4 de novembro de 2001, pelo Papa João Paulo II.
PR/LFS/OC