Um grupo de cerca 12 homens invadiu na Quarta-feira a sede da Arquidiocese de Caracas, na Venezuela. Segundo o vigário-geral da Arquidiocese, Mons. Jesús González de Zárate Salas, a invasão ocorreu pela manhã, com o anúncio de que se tratava de uma ocupação que duraria duas horas. «Assim foi», disse o vigário, acrescentando que o edifício foi abandonado de maneira pacífica. Mons. Jesús informa que o grupo pediu que todos os funcionários, dez naquele momento, saíssem dos seus escritórios para ouvir um comunicado de protesto, dirigido aos meios de comunicação. Na carta, a hierarquia eclesiástica nacional foi criticada pelas suas posições «conservadoras» e pedia-se a libertação de Nixon Moreno, um representante do movimento estudantil que há um ano se refugiou na sede da nunciatura apostólica. «Queremos uma revolução, uma ressurreição da Igreja. Esta que está aí não serve», afirmou a dirigente Lina Ron, que falava dentro do recinto. O comunicado também criticou a multinacional norte-americana ExxonMobil, que congelou recursos financeiros pertencentes à companhia estatal venezuelana de petróleo, PDVSA. O presidente da Venezuela, Hugo Chávez, questionou os seus partidários pela invasão do Palácio episcopal, acto que classificou como «um absurdo». Por outro lado, Chávez considerou «muito estranho e uma estupidez» a colocação de explosivos nos últimos dias em diversos locais – Nunciatura Apostólica, Embaixada da Espanha, órgãos empresariais, tribunais mercantis e na estátua de George Washington -, reivindicada por grupos que se identificam como simpatizantes do governo. Departamento de Informação da Ajuda à Igreja que Sofre