Vaticano: Evolução positiva no diálogo com a China e o Islão

O Cardeal Tarcisio Bertone, Secretário de Estado do Vaticano, considerou positiva a evolução das relações da Santa Sé com a China e com o Islão, duas questões essenciais para a diplomacia vaticana. “Estes dossiers avançam positivamente, entre passos realistas mas que caminham”, saudou o Cardeal Bertone, frisando o “diálogo verdadeiro” em ambos as situações. No que respeita ao Islão, o Secretário de Estado do Vaticano, refuta a ideia de que o debate tenha sido lançado pela carta dos 138 “sábios” muçulmanos que, em representação do cristianismo, enviou a Bento XVI e a outros líderes religiosos uma missiva na qual afirmavam que o futuro do mundo depende da paz entre muçulmanos e cristãos. Esta carta, publicada a 11 de Outubro de 2007, foi iniciativa de um grupo de islâmicos, organizada pelo Instituto Aal al-Bayt para o Pensamento Islâmico, com sede em Amã, O Cardeal Bertone referiu que o diálogo “já se iniciara”. Fontes do Vaticano indicam que, nos dias 4 e 5 de Março, poderá haver um encontro de preparação com uma delegação muçulmana, para um eventual encontro com Bento XVI. Sobre a China, “procedemos de forma concreta. Prosseguem os contactos e as reflexões recíprocas”, indicou o Cardeal, citando o exemplo recente da recepção do embaixador da China em Itália. A China e a Santa Sé romperam relações diplomáticas depois do reconhecimento de Taiwan em 1951, pelo Vaticano, e a ruptura agravou-se em 1957 com a criação pelas autoridades civis da Associação Patriótica Católica, uma Igreja nacional, separada de Roma e longe da alçada do Papa. O restabelecimento das relações é uma questão importante para Pequim, que deseja melhorar a sua imagem a nível internacional, mas também para o Vaticano que deseja unificar os milhões de fieis da Igreja chinesa em torno da autoridade do Papa e obter maior liberdade para a Igreja.

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