Vejo um ramo de amendoeira (Jr 1,11)

D. António Couto, Bispo Auxiliar de Braga, no dia da sua ordenação episcopal Com uma flor de amendoeira nos olhos 1. Na belíssima e finíssima, imensa cena da vocação de Jeremias, tecida em forma dialogal – que é a maneira de ser da inteira Escritura, logo aí um desafio para nós –, Deus confia a Jeremias uma missão difícil: «Eis que ponho as minhas palavras na tua boca. Vê! Eis que te constituo hoje,/ sobre as nações e sobre os reinos,/ para arrancar e para destruir,/ para exterminar e para demolir,/ para construir e para plantar» (Jr 1,9-10). Os verbos falam por si. Quatro verbos negativos, os primeiros. Apenas dois verbos positivos, os últimos. À primeira vista, a missão de Jeremias apresenta-se ingrata, espinhosa, arrasadora, quase catastrófica. Primeiro destruir, e muito; só depois construir, um bocadinho. 2. É verdade que o grande profeta vai atravessar a época mais negra da história do seu país. Assiste, em 609 a. C., à morte inesperada e trágica de Josias, rei justo e bom, em quem estavam depositadas tantas esperanças (Jr 22,15-16)! Assiste, entre 609 e 597, à acção prepotente e insolente do tirano Joaquim, que esbulha o povo de Judá (Jr 22,13.17) e desrespeita a Palavra de Deus, queimando cinicamente na braseira em que se aquecia o rolo ditado por Jeremias, escrito por Baruc e lido por Judi (Jr 36,23). Assiste ainda às duas entradas devastadoras do babilónico Nabucodonosor em Jerusalém, em 597 e 587. A segunda, em 587, é para pôr fim à nação de Judá, arrasar a sua capital, Jerusalém, incendiar o Templo, levar o rei Sedecias e muitos nobres e artesãos para o Exílio na Babilónia. Era o fim de um país e o fim de uma religião: ainda era credível e rentável o culto a um Deus que tinha aparentemente abandonado o justo e os seus fiéis, e deixado destruir o seu próprio Templo, a sua Casa? Era o fim de um mundo1 o que se avistava agora de Jerusalém! Para cúmulo, aproveitando as debilidades de Judá, os Edomitas atacaram pelo sul, apoderando-se de muitas terras de Judá, deixando o seu território reduzido a 20.000 pobres e a uma faixa de terra de 50 km na sua extensão norte-sul: desde Betel até Bet-Sur, um pouco a norte do Hebron, cidade que vai ficar fora do território de Judá durante quatro séculos, até 163 a. C.2 3. Nestas condições desgraçadas, não admira que, desde 609 a. C., Jeremias destile também tristeza, dor, queixumes e amarguras, confessando-se claramente um homem de coração dorido (Jr 4,19; 8,18). O que admira, e é nisso que o devemos seguir, é que ele não fique com os olhos e a alma toldados e atolados na lama e no lodo (Jr 38), na miséria, na ruína e na morte, num mundo sem Deus, mas tenha aprendido a ver o mundo, Deus e a religião de outra maneira. Sem álibis./ Quero dizer:/ já não vale invocar razões como:/ «Ofereci sacrifícios,/ rezei no teu templo» (cf. Is 29,13),/ ou «comemos e bebemos contigo,/ Tu ensinaste em nossas praças!» (Lc 13,26). Nasce outra justiça,/ um amor maior desponta. Sim, o justo pode morrer injustamente sem que Deus o abandone!3 Jeremias descobre, no meio da dor da sua vida aquilo que Judá vai descobrir no Exílio, o verdadeiro rosto de Deus, irresistível e apaixonado companheiro (Jr 20,7.11-13), e confessa, vencido e comovido: «Sempre que aparecem as tuas palavras,/ eu devoro-as./ A tua palavra é,/ para mim,/ exultação/ e a alegria do meu coração» (Jr 15,16). E com mais afinco ainda: «Tu me seduziste, Senhor,/ e eu deixei-me seduzir;/ Tu foste mais forte» (Jr 20,7). E continua: «A tua Palavra ardia no meu coração como um fogo devorador,/ encerrado dentro dos meus ossos» (Jr 20,9). Já Moisés tinha descoberto aquela chama viva, que ardia e não queimava,/ mas chamava (Ex 3,2-4). Elias encontrou essa Palavra nova na «voz de um fino silêncio» (1 Rs 19,12)4, escrita fina de Deus,/ com ponta de diamante,/ no coração do homem (Jr 17,1; 31,33). E o autor da Carta aos Hebreus compara esse «fino dizer» ou «escrever» a uma espada de dois gumes, que rasga o âmago do homem e lhe deixa soltas as pregas do coração (Hb 4,12). Como se pode combater este incêndio,/ apagar esta chama que chama,/ calar a voz deste fino silêncio,/ fugir deste bisturi que levamos dentro de nós?// Jeremias tem outra vez razão:/ é mais fácil enfrentar um furacão (Jr 23,18-20). Esse sabemos de onde vem e para onde vai!5 4. De facto, depois de lhe ter confiado aquela missão, aparentemente desgraçada, assente naqueles primeiros quatro verbos negativos (só os dois últimos são positivos), Deus ousa perguntar a Jeremias: «O que vês, Jeremias?» Ao que Jeremias responde: «Vejo um ramo de amendoeira!» (Jr 1,11). E Deus manifesta a sua aprovação a este modo de ver de Jeremias, dizendo: «Viste bem, Jeremias, viste bem!» (Jr 1,12). «Bem» diz-se em hebraico tôb. Mas tôb significa também «belo» e «bom». Jeremias vê, portanto, «bem», «belo» e «bom»! 5. A amendoeira é uma das poucas árvores que floresce em pleno inverno. Ao responder: «Vejo um ramo de amendoeira», Jeremias já ergueu os olhos da invernia e da tempestade e do lodo e da lama e da catástrofe e da morte que tinha pela frente, e já os fixou lá longe, ou aqui tão perto, na frágil-forte-vigilante flor da esperança que a amendoeira representa. É de presumir que, se Jeremias tivesse respondido: «Vejo a tempestade, a ruína, a morte, a crise», que era o que tinha mesmo pela frente, em vez de «Viste bem, Jeremias, viste bem!», Deus tê-lo-ia reprovado, dizendo: «Viste mal, Jeremias, viste mal!» Senhor, afina o meu olhar pela flor que Tu quiseres./ Faz-me ver sempre bem, belo e bom./ Faz-me ver com o olhar com que me vês,/ e com que olhas a tua criação./ Contemplação. Com uma vara de amendoeira na mão 6. Numa página sublime do Livro dos Números (Nm 17,17-26), Deus ordena a Moisés que recolha as varas de comando dos chefes das doze tribos de Israel, para, de entre eles, escolher um que exerça o sacerdócio em Israel. Em cada vara foi escrito o nome da respectiva tribo. Por ordem de Deus, o nome de Levi foi substituído pelo de Aarão. As doze varas foram colocadas, ao entardecer, na presença de Deus, na Tenda do Encontro. Na manhã seguinte, todos puderam contemplar que da vara de Aarão tinham desabrochado folhas verdes, flores em botão, flores abertas e frutos maduros (Nm 17,23). Dos frutos é dito o nome: amêndoas! Vara de amendoeira em flor e fruto, que, por ordem de Deus, ficará para sempre na sua presença, diante do Propiciatório (cf, Hb 9,4), entre Deus e o povo, para impedir que o pecado do povo chegue a Deus, e para facilitar que o perdão de Deus chegue ao povo. Já ninguém estranhará agora que o candelabro (menôrah) que, noite e dia,/ ardia/ na presença de Deus, estivesse ornamentado com flores de amendoeira (Ex 25,31-35; 37,20-22). E também já ninguém estranhará que a tradição judaica tardia refira que a vara do Messias havia de ser de amendoeira. Aí estão as coordenadas exactas do lugar do sacerdote e do bispo: entre Deus e o povo. Mais concretamente: pertinho de Deus, mas de um Deus que faz carícias ao seu povo, um Deus que ama e que perdoa; pertinho do povo, o suficiente para lhe entregar esta carícia de Deus. Com Deus no coração 7. «Tu me seduziste, Senhor,/ e eu deixei-me seduzir;/ Tu foste mais forte» (Jr 20,7). «O Senhor é um guerreiro», diz o cântico de Moisés (Ex 15,3). Jeremias também o é. Tem de o ser. Que outro modo há de lidar com Deus,/ ou com o amor? Não é o amor «terrível como um exército em ordem de batalha»? (Ct 6,4). Que o digam também Moisés, Paulo de Tarso, Agostinho de Tagaste, Francisco de Xavier. Todos travam lutas intensas com Deus. Todos saem derrotados, mas não frustrados; antes apaziguados e tranquilos. Eu também. Confesso que já perdi várias lutas com Deus. Luto com Ele, e tenho perdido sempre, e ainda bem. Já são muitos a zero. Ando nisto desde os 10 anos. O que se passou hoje, aqui, é mais uma vitória d’Ele. Assumo publicamente a derrota. Mas compreendo cada vez melhor que a verdadeira vocação do homem é lutar com Deus mil vezes por amor, e mil vezes sair derrotado por amor. Senhor, que eu diga sempre «Sim»:/ contigo não me importo de perder até ao fim.// Bem se vê que é de amor que falo,/ ou calo./ Importa ouvir sempre a voz do galo,/ e não perder o rumor dos teus passos no jardim,/ ou já dentro de mim,/ suave Senhor de la Sonrisa,/ fina brisa à flor dos lábios,/ alento,/ encanto.// Atento,/ que pode a semente germinar antes do tempo,/ e a espiga amadurar antes do campo!// O tempo que me dás é todo ceifa./ Quatro meses para Ti, que coisa são?/ Apenas o tempo de erguer e poisar os olhos neste chão,/ João 4,35./ Assim nos fazes passar do inverno para o verão,/ e nos deixas no tempo da missão. Uma Igreja com rosto… missionário 8. Na homilia/ da Eucaristia/ que abria/ o seu ministério petrino, Domingo, 24 de Abril de 2005, o Papa Bento XVI dizia-se e dizia a Igreja assim: «Nós existimos para mostrar Deus aos homens». Se é para mostrar, então é preciso um corpo (cf. Hb 10,5),/ um rosto,/ mãos,/ pés,/ olhos,/ coração/. Comunicação. Em dois notáveis e oportunos Documentos, significativamente intitulados Comunicar o Evangelo num mundo em mudança (CEMM)6, de 29 de Junho de 2001, e O rosto missionário das paróquias num mundo em mudança (RMP)7, de 30 de Maio de 2004, a Conferência Episcopal Italiana afirma que «A tarefa fundamental da Igreja hoje é comunicar o Evangelho neste mundo em mudança» (CEMM, n.º 32 e 44; RMP, n.º 1), e que «também hoje é possível, belo, bom e justo viver a existência humana de acordo com o Evangelho» (RMP, n.º 1; cf. CEMM, n.º 57). E continua assim: «É necessário e urgente descobrir o primeiro anúncio do Evangelho como dimensão fundamental, e não apenas residual ou excedentária ou ulterior, da Igreja e da paróquia. A missão não pode aparecer apenas como o último ponto de um qualquer programa pastoral mais ou menos bem elaborado, mas tem de ser o horizonte permanente e o paradigma por excelência de todo o programa pastoral» (CEMM, n.º 32; RMP, n.º 6). A missão não está apenas no final; está no princípio e desde o princípio (CEMM, n.º 3). A missão não é um acrescento, um luxo, um adorno,/ cereja no cimo do bolo/ de uma identidade cristã considerada completa sem a missão. Tudo antes disso: «A missão é a graça e a vocação própria da Igreja, de toda a Igreja, a sua identidade mais profunda», diz bem e fundo o n.º 14 da Exortação Apostólica Evangelii Nuntiandi, de Paulo VI, de 8 de Dezembro de 1975. Dá-nos, Senhor,/ um coração sensível e fraterno,/ capaz de escutar/ e de recomeçar.// Mantém-nos reunidos, Senhor,/ à volta do pão e da palavra./ Ajuda-nos a discernir/ os rumos a seguir/ nos caminhos sinuosos deste tempo,/ por Ti semeado e por Ti redimido.// Ensina-nos a tornar a tua Igreja toda missionária,/ e a fazer de cada paróquia, que é a Igreja a residir no meio das casas dos homens (RMP, n.º 4 e 13),/ uma Casa grande, aberta e feliz,/ átrio de fraternidade,/ de onde se possa sempre ver o céu,/ e o céu nos possa sempre ver a nós. 9. Queridos companheiros da Sociedade Missionária da Boa Nova: «Não tenhas medo,/ pequeno REBANHO,/ porque aprouve (eudókêsen)/ ao vosso PAI/ dar-vos o REINO» (Lc 12,32). Digo outra vez (podeis dizer comigo), para sentirmos melhor o ritmo e a doçura das palavras: «Não tenhas medo,/ pequeno REBANHO,/ porque aprouve/ ao vosso PAI/ dar-vos o REINO». Experimentemos saborear só os nomes: Rebanho,/ PAI,/ Reino. Convenhamos que, para o Rebanho, seria mais adequado um Pastor, e, para o Reino, um Rei. Mas é o PAI que Jesus nos põe no meio. Provemos agora só o sabor dos verbos: Não tenhas medo,/ aprouve,/ dar-vos. Encontramos um Deus e PAI que nos liberta de medos, que olha para nós com prazer – aprouve é o verbo aprazer –, e dá como um PAI dá aos seus filhos. Bento XVI disse quase a mesma coisa na homilia já referida, no início do seu ministério petrino. Disse: «Não tenhais medo de Cristo!/ Ele não tira nada./ Ele dá tudo». E ainda: «Quem deixa entrar Cristo na sua vida, não perde nada, nada – absolutamente nada – daquilo que torna a vida livre, bela e grande». Queridos companheiros: eu ainda confio nas palavras que escolho,/ uma a uma,/ como antigamente/ escolhia as pedras na torrente.// Eu ainda sou como um menino./ Querido P. Albino:/ a ti confio hoje esta boa gente. E a ti confio-te ao Senhor da ceifa, da alegria e da esperança. Já não vale dizer: «Sou ainda uma criança», porque «A quem Eu te enviar, irás,/ e o que te mandar dizer, dirás!» (Jr 1,6-7). Deixa que seja Ele a guiar a tua vida,/ e a vida dos nossos companheiros por quatro continentes repartida. Em 27 de Junho passado, disseram-me assim: «Tu não escolheste,/ não procuraste,/ não pediste; talvez seja Deus que anda por aí». É o mesmo que te digo hoje a ti, meu querido companheiro, e, a partir de agora também meu caríssimo Superior Geral. Conta sempre comigo. Eu sei bem que «Os Bispos, como membros do corpo episcopal, sucessor do Colégio Apostólico, são consagrados, não só em benefício de uma diocese, mas para salvação de todo o mundo» (AG, n.º 38; PA, n.º 4; RM 63). 10. Querida Arquidiocese de Braga: Senhor Arcebispo Primaz, D. Jorge,/ Senhor Arcebispo Emérito, D. Eurico,/ Senhor D. Antonino,/ Ilustríssimo Cabido,/ Caríssimos sacerdotes e diáconos,/ religiosos e religiosas,/ seminaristas,/ povo santo de Deus. Irei em breve ter convosco. Irei como filho de Deus, sorridente porque consciente do amor que Deus me tem,/ e com que Deus me tem; irei como vosso irmão que vos quer muito; irei como pai para gerar filhos na fé, e alimentá-los na caridade e na esperança; irei com notícias,/ carícias/ de Deus, e com saudações para cada um de vós; irei para vos desafiar a anunciar aquele Jesus Cristo que um dia tivestes (ou tereis) a alegria de encontrar, e que não podeis deixar de testemunhar. Irei para servir e para ajudar. Tenho um sonho: o de poder ver nascer, neste mundo em mudança, em cada paróquia e em cada pessoa um rosto missionário, evangelizado e evangelizador, acolhido e acolhedor, por puro amor. Entretanto, e sempre, rezai por mim. Senhor Arcebispo Primaz, receba a minha fraterna comunhão e humilde dedicação. Com imensa gratidão 11. Em treze pontos, tantos quantos os atributos de Deus anotados em Ex 34,6-7, manifesto a minha gratidão. 1) Em primeiro lugar e para sempre a Deus, verdadeiro Senhor da minha vida. 2) Depois a Maria, minha mãe, que me protege e me guia; 3) Depois, ao Papa Bento XVI, por me ter confiado esta nova missão de amor, a própria essência de Deus, como ele escreve na Bula da nomeação; mas também pela especial Bênção Apostólica que me concedeu no decorrer da Audiência do passado dia 31 de Agosto, e que é «extensiva ao clero e ao povo fiel de Braga e aos membros da Sociedade Missionária da Boa Nova». 4) Depois, a todos os Senhores Bispos presentes e também aos que, por motivos de saúde ou trabalho inadiável, não puderam estar presentes fisicamente, mas me prometeram estar em comunhão espiritual e afectiva. Seja-me permitido destacar a presença muito especial do meu querido companheiro de Instituto, de quem me torno agora também companheiro no Colégio Episcopal, Senhor D. José dos Santos Garcia. 5) Depois, a todos os Presbíteros e Diáconos, Religiosos e Religiosas, que quiseram estar comigo hoje e aqui, vindos das mais diversas partes. Fica pelas vezes em que tenho sido eu a ir ter convosco. Mas quero também mostrar a minha imensa gratidão a várias comunidades monásticas e contemplativas, que não estão aqui fisicamente, porque optaram, e eu achei muito bonito, por ficar em oração o dia inteiro. 6) Depois ex-aequo, a todos os meus companheiros da SMBN que quiseram estar comigo hoje, representando outros companheiros, e que vieram de Moçambique, Angola, Zâmbia, Brasil, Japão, e das diversas Casas de Portugal. Junto aqui toda a Família Boa Nova, Missionários e Missionárias, ARM, LBN, colaboradores e amigos. Ex aequo com todos quantos vieram da Arquidiocese de Braga, e que quiseram estar aqui hoje comigo. Quero dizer-vos, do fundo do coração, amigos bracarenses, que sois bem-vindos, e que estou a pensar seriamente em retribuir-vos a visita em breve. 7) Depois, a todos os meus familiares mais directos, em especial a minha avó Maria Amélia e a minha mãe Cândida Manuela, que o Senhor guarda junto de si: com elas aprendi quase tudo o que sei, e seguramente o melhor do que sei. Lembro-me sempre de Timóteo, da sua avó Loide e da sua mãe Eunice (cf. 2 Tm 1,5). 8) Depois, a todos os meus companheiros da SMBN, vivos e falecidos, por quem rezo ao bom Deus, que me foram orientando na caminhada para o sacerdócio. 9) Depois, quero estender a minha gratidão – ao mesmo tempo que rezo pela sua saúde – a D. Armindo Lopes Coelho, que, neste Seminário das Missões de Cucujães, me ordenou Diácono, e a D. Sante Portalupi, então Núncio Apostólico em Portugal, e que o Senhor também já guarda junto de si, que, também neste Seminário das Missões, me ordenou Presbítero. 10) Depois, estendo a minha gratidão à Universidade Católica e à sua Faculdade de Teologia, que é também um pouco a minha casa, sobretudo o Núcleo do Porto. Saúdo o Magnífico Reitor, Prof. Manuel Braga da Cruz, e o Senhor Presidente do Núcleo do Porto, Prof. Joaquim Azevedo, que quiseram estar aqui hoje comigo; saúdo igualmente o Senhor Director da Faculdade de Teologia, Prof. Peter Stilwell, e os Senhores Directores-Adjuntos no Porto e em Braga, Prof. Jorge Cunha e Prof. João Duque, que também quiseram estar comigo hoje; saúdo os colegas Professores, os amigos funcionários e os meus queridos alunos. Saúdo também o Instituto Cultural D. António Ferreira Gomes, na pessoa do seu Presidente, Prof. Levi Guerra, com todos os amigos aqui presentes. E deixem-me dizer que sido muito gratificante para mim verificar como a Palavra de Deus tem por lá feito uns bons estragos. 11) Depois, ex-aequo, quero saudar a boa gente de Santa Maria de Vila Boa do Bispo, minha terra natal, que também me quis acompanhar neste dia, com o seu Pároco, o seu Presidente da Junta. Apraz-me igualmente registar a presença do Sr. Dr. Manuel Moreira, Presidente da Câmara de Marco de Canaveses, meu Concelho de origem. Amigos de Santa Maria de Vila Boa do Bispo, também vou ver se vos retribuo a visita. Ex-aequo com o bom povo de S. Martinho de Cucujães, com o seu Pároco e o seu Presidente da Junta, que me quis acolher aqui hoje maravilhosamente. Aí está um belo exemplo de uma Igreja acolhedora. Sem esquecer os amigos da paróquia do Divino Salvador, de Valadares, com o seu pároco, que sempre me têm distinguido com a sua amizade e simpatia, e que considero, pelos muitos anos que lá vivi, a minha segunda terra. 12) Depois, à comunicação social que quis estar aqui presente, e que espero que, ao menos hoje, possa levar ao mundo notícias diferentes; 13) Depois, quero agradecer a todos quantos colaboraram para a realização deste evento, aqui, neste Pavilhão, e no Seminário das Missões. Inexcedível a Comissão Organizadora, a colaboração excelente dos Srs. Presidentes das Câmaras Municipais de Oliveira de Azeméis, S. João da Madeira, Santa Maria da Feira, e da Direcção do Grupo Desportivo de Cucujães, escuteiros, Cruz Vermelha, acólitos, grupos corais. Peço desculpa se esqueço alguém, mas ainda quero dizer ao Sr. Arquitecto Manuel Botelho, e caríssimo amigo, que não esqueço a preparação exímia das minhas insígnias em tempo recorde. Seja tudo para glória de Deus. A Ele a glória para sempre.

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