Cerimónia de canonização, décima do atual pontificado, vai elevar aos altares primeira beata índia norte-americana, Kateri Tekakwitha
Cidade do Vaticano, 21 out 2012 (Ecclesia) – Bento XVI presidiu este domingo à cerimónia de canonização de sete beatos católicos, entre os quais a primeira beata índia norte-americana, Kateri Tekakwitha, nascida em 1656 e falecida em 1680, no Canadá.
Santa Tekakwitha nasceu numa localidade dos EUA hoje denominada Auriesville, e foi beatificada por João Paulo II em junho de 1980.
A celebração, no Dia Mundial das Missões, foi a décima do género no atual pontificado, durante o qual Bento XVI proclamou 44 novos santos, incluindo o português Nuno Álvares Pereira, o Santo Condestável (26-04-2009).
Entre os novos santos estão dois mártires: Giacomo Berthieu (1838-1896), missionário jesuíta francês morto em Madagáscar, por não querer renunciar à sua fé; o catequista filipino Pedro Calungsod (1654-1672), assassinado em Guam por um pai que se recusou a deixar o seu filho ser batizado.
O padre italiano Giovanni Battista Piamarta (1841-1913), a religiosa espanhola Maria Carmela Sallés y Barangueras (Maria del Monte Carmelo, 1848-1911), a norte-americana Barbara Cope (Madre Marianne de Molokai, 1838-1918), que se dedicou aos leprosos, e a leiga alemã Anna Schäffer (1882-1925) completaram a lista.
O processo para a canonização tem uma primeira etapa na diocese em que faleceu o fiel católico e uma segunda etapa tem lugar em Roma, onde se examina toda a documentação enviada pelo bispo diocesano.
Qualquer católico ou grupo de fiéis pode iniciar o processo, através de um postulador, constituído mediante mandato de procuração e aprovado pelo bispo local.
Após exame da documentação efetuada pelos teólogos e especialistas, compete ao Papa declarar a heroicidade das virtudes, a autenticidade dos milagres, a beatificação e a canonização.
A cerimónia de domingo decorreu pela primeira vez antes e não durante a missa, na Praça de São Pedro.
O prefeito da Congregação para as Causas dos Santos, cardeal Angelo Amato, pediu em três momentos sucessivos que os sete beatos fossem inscritos no “álbum dos Santos”.
Bento XVI proferu, em seguida, a fórmula de canonização, com a qual o Papa estabeleceu que os novos santos “sejam devotamente honrados” em toda a Igreja.
Lida a fórmula, foramcolocadas junto ao altar as relíquias dos sete santos, transportadas por alguns fiéis.
OC