Vaticano: Secretário pessoal de Bento XVI fala em doença «dolorosa, mas não grave»

D. Georg Gaenswein descarta situação de «particular preocupação»

Foto: Lusa/EPA

Cidade do Vaticano, 03 ago 2020 (Ecclesia) – O secretário pessoal de Bento XVI esclareceu hoje que o Papa emérito tem uma doença “dolorosa, mas não grave”, descartando uma situação de “particular preocupação”.

Em nota divulgada pelos serviços de informação do Vaticano, D. Georg Gaenswein sublinhou que a “fase mais aguda da doença” que afeta Bento XVI, com 93 anos de idade, está a ser superada.

“A condição de saúde do Papa emérito não oferece motivos de particular preocupação”, indica o seu secretário pessoal.

A tomada de posição surge depois de Peter Seewald, autor da mais recente biografia de Bento XVI, ter dito ao jornal alemão ‘Passauer Neue Presse’ que o Papa emérito estaria gravemente doente e “extremamente frágil”.

A fundação ‘Joseph Ratzinger – Bento XVI’ divulgou hoje uma foto do encontro entre Seewald e o Papa emérito, este fim de semana, no Vaticano, acompanhado por D. Georg Gaenswein.

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Bento XVI este na Alemanha de 18 a 22 de junho para visitar o seu irmão, mons. Georg Ratzinger, que se encontrava doente e acabaria por falecer a 1 de julho.

Joseph Ratzinger nasceu em Marktl am Inn (Alemanha), no dia 16 de abril de 1927, um Sábado Santo, e passou a sua infância e adolescência em Traunstein, uma pequena localidade perto da Áustria.

Nos últimos meses da II Guerra Mundial (1939-1945), foi arrolado nos serviços auxiliares antiaéreos pelo regime nazi.

Juntamente com o seu irmão Georg, foi ordenado padre a 29 de junho de 1951; dois anos depois, doutorou-se em teologia com a tese ‘Povo e Casa de Deus na doutrina da Igreja de Santo Agostinho’.

De 1962 a 1965, participou no Concílio Vaticano II como ‘perito’, após ter chegado a Roma como consultor teológico do cardeal Joseph Frings, arcebispo de Colónia.

Em 25 de março de 1977, o Papa Paulo VI nomeou-o arcebispo de Munique e Frisinga; a 28 de maio seguinte, recebeu a sagração episcopal e escolheu como lema episcopal ‘Colaborador da verdade’.

O mesmo Paulo VI criou-o cardeal, no consistório de 27 de junho de 1977.

Em 1978, participou no Conclave, celebrado de 25 a 26 de agosto, que elegeu João Paulo I; este nomeou-o seu enviado especial ao III Congresso Mariológico Internacional que teve lugar em Guaiaquil (Equador) de 16 a 24 de setembro; no mês de outubro desse mesmo ano, participou também no Conclave que elegeu João Paulo II.

O Papa polaco nomeou o cardeal Ratzinger como prefeito da Congregação para a Doutrina da Fé e presidente da Pontifícia Comissão Bíblica e da Comissão Teológica Internacional, em 25 de novembro de 1981.

No dia 19 de abril de 2005 foi eleito como o 265.º Papa, sucedendo a João Paulo II; a 11 de fevereiro de 2013, Dia Mundial do Doente e memória litúrgica de Nossa Senhora de Lourdes, anunciou a renúncia ao pontificado, com efeitos a partir do dia 28 do mesmo mês, uma decisão inédita em quase 600 anos de história na Igreja Católica.

OC

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Agência ECCLESIA

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