A pedido de João Paulo II, o cardeal Sodano revelou a terceira parte do segredo de Fátima, a 13 de maio de 2000
Lisboa, 28 mai 2022 (Ecclesia) – O Santuário de Fátima lamentou hoje a morte do cardeal Angelo Sodano, onde expressa “gratidão e pesar” pelo falecimento e recorda a sua ligação à mensagem de Fátima.
“Na circunstância solene da sua vinda a Fátima, em maio de 2000, o Sumo Pontífice incumbiu-o de comunicar o sentido da terceira parte do Segredo de Fátima. «A visão de Fátima refere-se sobretudo à luta dos sistemas ateus contra a Igreja e os cristãos e descreve o sofrimento imane das testemunhas da fé do último século do segundo milénio. É uma Via Sacra sem fim, guiada pelos Papas do século vinte», afirmou na alocução que fez em Fátima, no final da Missa”, recorda o Santuário de Fátima num comunicado enviado hoje à Agência ECCLESIA.
A 13 de Maio do ano 2000, a pedido de João Paulo II, o cardeal Sodano revelou a terceira parte do segredo de Fátima.
O cardeal Angelo Sodano indicou que na “interpretação dos Pastorinhos, interpretação confirmada pela Irmã Lúcia, o «Bispo vestido de branco» que reza por todos os fiéis é o Papa”, e reconhece também que após o atentado de 13 de maio de 1981, “pareceu claramente a Sua Santidade que foi «uma mão materna a guiar a trajetória da bala», permitindo que o «Papa agonizante» se detivesse «no limiar da morte»”, recorda ainda o comunicado.
Em entrevista à revista cultural do Santuário «Fátima no Século XXI», em outubro de 2015, o cardeal indicou que “as palavras de Nossa Senhora de Fátima, deixada»” sobretudo «nos últimos anos do trágico período da última guerra mundial, entre 1943 e 1945»”.
«Senhora de Fátima trouxe uma mensagem de esperança que também é para as famílias de hoje, recordando-lhes o grande amor de Deus para com a humanidade», pode ler-se na entrevista.
O cardeal Angelo Sodano faleceu ontem aos 94 anos, no Hospital Columbus-Gemelli devido a uma pneumonia decorrente do contágio da Covid-19.
A sala de imprensa informou que as exéquias terão lugar na terça-feira, 31 de maio de 2022, às 11h, no Altar da Cátedra da Basílica de São Pedro e que os serviços fúnebres serão presididos pelo cardeal Giovanni Battista Re, Decano do Colégio Cardinalício, juntamente com os cardeais, arcebispos e bispos.
No final da celebração eucarística, o Papa Francisco presidirá o rito de encomendação.
LS