Vaticano: Sacerdote que morreu em campo de concentração nazi é beatificado

Padre Giuseppe Girotti foi perseguido pelo regime de Hitler e morreu em 1945

Cidade do Vaticano, 23 abr 2014 (Ecclesia) – O padre Giuseppe Girotti (1905-1945), sacerdote italiano morto por ‘ódio à fé’ no campo de concentração nazi de Dachau, Alemanha, durante a II Guerra Mundial, é hoje canonizado.

“Que o seu testemunho heroico e o seu martírio possam suscitar em muitos o desejo de aderir cada vez mais a Jesus e ao Evangelho”, disse o Papa, durante a audiência pública sde quarta-feira, que decorreu na Praça de São Pedro.

A beatificação do religioso dominicano, na localidade italiana de Alba, vai contar com a presença do cardeal Giovanni Coppa, em representação do Papa.

Segundo a Rádio Vaticano, o padre Girotti foi um dos 1500 sacerdotes católicos que morreram em Dachau.

O futuro beato fez estudos bíblicos em Jerusalém, entre 1932 e 1934, tendo regressado a Roma para lecionar, funções das quais foi suspenso em 1939 pelas suas posições contra o fascismo.

Após a ocupação alemã da Itália, o padre Girotti prestou ajuda a vários judeus, que procurou salvar dos nazis e, neste esforço, acabou traído por um telefonema falso, que levaria à sua prisão em outubro de 1944.

O sacerdote dominicano viria a falecer a 1 de abril de 1945, dia de Páscoa, e junto da sua cama, numa inscrição a lápis, podia ler-se: ‘São Giuseppe Girotti’.

O motivo de detenção registado em Dachau é a “ajuda aos judeus”; foi sepultado na vala comum de Leitenberg.

RV/OC

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