Vaticano: Responsável diplomático admite visita do Papa a Kiev em agosto

Secretário para as relações com os Estados diz que será preciso avaliar impacto da viagem ao Canadá, na saúde de Francisco

Cidade do Vaticano, 10 jul 2022 (Ecclesia) – O secretário do Vaticano para as relações com os Estados disse este sábado que o Papa poderia visitar Kiev já em agosto.

“O Papa está muito convencido de que, se pudesse fazer uma visita, poderia ter resultados positivos. Ele disse que irá à Ucrânia e sempre se mostrou disponível em visitar Moscovo e também a encontrar-se com as autoridades russas”, referiu D. Paul Richard Gallagher, um dos principais responsáveis da diplomacia da Santa Sé, em entrevista ao canal TG1.

O arcebispo precisou que a viagem do Papa à Ucrânia vai ser avaliada após a viagem pontifícia ao Canadá, de 24 a 30 de julho.

“Acredito que, voltando do Canadá, começaremos realmente a estudar as possibilidades”, observou, em declarações citadas pelo portal de notícias do Vaticano.

Questionado sobre se a viagem a Kiev poderia acontecer em agosto, o secretário do Vaticano para as relações com os Estados afirmou que “não descartaria” essa hipótese.

“Depende muito dos resultados da viagem ao Canadá, vamos ver como o Papa resistirá a essa viagem, que também é muito exigente, e depois vamos ver”.

O colaborador de Francisco precisou, em relação à Rússia, que os contactos entre a Santa Sé em Moscovo são “bastante institucionais”, neste momento, através das respetivas embaixadas, bem como de “contactos diretos ou pessoais”.

“Estamos muito preocupados com as questões ucranianas e a resolução da guerra, ao mesmo tempo que estamos preocupados com o futuro dos Balcãs Ocidentais”, registou.

  1. Paul Richard Gallagher apontou ainda a um possível encontro entre o Papa e o patriarca ortodoxo de Moscovo, em setembro, por ocasião do 7.º Congresso de Líderes de Religiões Mundiais e Tradicionais, que vai decorrer no Cazaquistão.

“Acredito que, se o patriarca e o Santo Padre viajarem ao Cazaquistão para esta grande conferência das religiões mundiais, sim, haverá  um encontro. Temos de tentar superar as dificuldades e incompreensões para a unidade da Igreja”, indicou.

OC

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Agência ECCLESIA

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