Vaticano: Provincial dos Espiritanos gostaria que novo Papa fosse «jovem» e «não europeu»

Evangelização, justiça, diálogo, media e fé devem ser prioridades do sucessor de Bento XVI, aponta padre Tony Neves

Lisboa, 18 fev 2013 (Ecclesia) – O padre Tony Neves, responsável máximo em Portugal pela congregação dos Espiritanos, considera que a realidade da Igreja e do mundo exige “força e continuidade”, pelo que o sucessor de Bento XVI deve ser “jovem, aberto” e “dinâmico”.

“Como missionário, gostaria de ver mais evidente a dimensão universal da Igreja e ficaria feliz com um Papa não europeu”, observa o religioso no editorial de março do jornal ‘Ação Missionária’, enviado à Agência ECCLESIA, acrescentando que não vai entrar “em depressão” se a eleição recair sobre um prelado do Velho Continente, dado que a Igreja na Europa tem “cardeais de grande classe”.

O religioso dos Missionários do Espírito Santo sublinha que o próximo Papa deve mostrar “empenho reforçado” na evangelização em países onde o cristianismo está por anunciar ou perdeu relevância.

O membro do Setor de Animação Missionária do Patriarcado de Lisboa realça que a “justiça e paz”, o “diálogo”, a “comunicação social” e o “aprofundamento da fé” devem ser também temas prioritários para o novo Papa, que em março vai ser escolhido em conclave.

A relação com o mundo da cultura, ecumenismo, diálogo inter-religioso, Nova Evangelização, os 50 anos do início do Concílio Vaticano II (1962-1965), o Ano da Fé (até novembro de 2013) e as novas tecnologias da comunicação foram apostas de Bento XVI que, para o padre Tony Neves, “precisam de ser aprofundadas”.

O sacerdote jornalista não esperava que a reação nos media à renúncia fosse de “aprovação”, tendo em conta que “muitas pessoas defenderam com unhas e dentes, há seis anos atrás, a opção de João Paulo II arrastar a sua Missão Papal até à morte, mostrando ao mundo uma imagem de decrepitude física para muitos confrangedora”.

“Estou agora a convencer-me de que foi mesmo o facto de Bento XVI ter acompanhado os últimos anos de um Papa que não tinha ‘vigor’ para governar que levou Joseph Ratzinger a protagonizar o momento histórico de uma resignação Papal”, assinala o provincial dos Espiritanos.

RJM

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