Vaticano: Presidente do Conselho Pontifício para o Diálogo Inter-religioso em conferência internacional

Preocupação tem de ser atenção a cada pessoa, defende cardeal Jean-Louis Tauran

Viena, Áustria, 19 nov 2013 (Ecclesia) – O cardeal Jean-Louis Tauran, presidente do Conselho Pontifício para o Diálogo Inter-religioso, disse no Centro Internacional para o Diálogo Inter-religioso e Intercultural que a preocupação dos “líderes políticos e religiosos” deve ser a “pessoa humana”.

“No centro de nossa preocupação está a pessoa humana, homens e mulheres. Eles são o objeto de atenção dos líderes políticos e religiosos”, assinalou.

O ‘Centro para o diálogo inter-religioso e intercultural rei Abdullah Bin Abdulaziz’ (KAICIID, sigla em inglês) foi fundado pela Arábia Saudita, a Áustria e a Espanha; a Santa Sé participa como organismo observador-fundador.

“O KAICIID pode-se tornar um espaço para se conhecer melhor e partilhar as próprias capacidades a fim de tornar este mundo mais seguro e iluminado, onde se possa viver o espírito da fraternidade muitas vezes indicada pelo Papa Francisco”, considerou o prelado, citado hoje pelo portal de notícias do Vaticnao.

Para o cardeal Jean-Louis Tauran uma das tarefas do KAICIID é ser promotor da inteligência do coração, ou seja, “o que inspira a respeitar tudo o que Deus faz em cada ser humano e o mistério que cada ser humano representa”, adianta a Rádio Vaticana.

Segundo o membro da Cúria Romana, “o diálogo inter-religioso impulsiona a ouvir e a conhecer melhor o outro, a pensar antes de julgar e a apresentar o conteúdo da fé e da razão para viver com respeito e harmonia”.

“Vivemos num mundo em contínua mudança e cada vez mais provisório. Não é possível viver sem se relacionar com os outros, sem partilhar com as pessoas suas alegrias e esperanças, angústias e tristezas”, prosseguiu.

Em Viena, o cardeal Jean-Louis Tauran explicou que o diálogo entre as religiões “pode contribuir para devolver a Deus o lugar que Ele merece, pode inspirar fraternidade, dar sabedoria e coragem para agir”.

“O diálogo inter-religioso ensina-nos a não menosprezar as convicções religiosas dos outros, especialmente na sua ausência, e a considerar a diversidade em todos os seus aspetos como uma riqueza e não uma ameaça”, frisou o responsável na conferência promovida pelo KAICIID, esta segunda-feira.

RV/CB/OC

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