Vaticano prepara documento sobre Internet

O Conselho Pontifício das Comunicações Sociais prepara um documento sobre a Internet, onde quer sublinha o grande potencial da rede no campo da evangelização ao mesmo tempo que alerta para os riscos que podem derivar da utilização indevida. Este documento está a ser preparado por bispos dos cinco continentes e será, de acordo com D. Claudio Maria Celli, Presidente do Conselho Pontifício, uma actualização da Instrução pastoral Aetatis Novae, datada de 1992, “numa altura em que ainda não havia Internet”. “As novas tecnologias trouxeram novas sensibilidades. Certamente que os princípios da Instrução pastoral Aetatis Novae continuam válidos, mas são necessárias algumas orientações para uma pastoral que tenha em conta esta nova realidade”. O novo documento, que será apresentada na Assembleia Plenária de Outubro aos membros do Conselho Pontifício, tem como objectivo fazer ver “como a Igreja se integra na nova cultura digital, utilizando os meios que a tecnologia coloca à disposição”. O Presidente do Conselho Pontifício reconhece que quando se fala do acolhimento da mensagem da Igreja sobre as comunicações sociais, importa ter consciência dos diferentes contextos culturais referidos. “É diferente o acolhimento das comunidades cristãs na Europa ou nos Estados Unidos do acolhimento das comunidades de um país em vias de desenvolvimento, onde o crescimento humano e socio-cultural é limitado por diversos problemas”. No entanto, referiu D. Celli, a esperança é que o ensinamento da Igreja possa levar a comunidade a reflexões sobre estas questões”. Numa entrevista à SIR, D. Celli referiu ainda estar a ser preparado um seminário para 100 jovens africanos provenientes de regiões com graves problemas. O encontro quer introduzir a comunicação social como veiculo de paz e de respeito. A organização está a cargo do Conselho Pontifício das Comunicações Sociais e está agendado para Abril, em Nairobi, capital do Quénia. “Os meios de comunicação social vão ser apresentados como instrumentos de reconciliação, para alcançar uma paz mais duradoura”, referiu, adiantando o desejo de “dar espaço a iniciativas que permitam, especialmente aos jovens, entrarem em contacto com as novas realidades mediáticas”. “Os jovens serão chamados a reflectir sobre a modalidade em como os novos media incidem na sua vida e na sua inserção no mundo”.

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