Vaticano: Papa batizou 21 crianças na Capela Sistina

«Gostaria de pedir ao Senhor por todos os casais jovens, para que tenham a alegria de acolher o dom dos filhos e de os levar ao Batismo» – Francisco

Foto: Vatican Media

Cidade do Vaticano, 12 jan 2025 (Ecclesia) – O Papa presidiu hoje, na Capela Sistina, à Missa com o batismo de 21 crianças, uma celebração tradicional que marca o fim do tempo do Natal, no calendário católico.

“Peçamos ao Senhor que eles cresçam na fé, numa humanidade verdadeira e na alegria da família”, disse, numa breve reflexão após o Evangelho.

A Missa, com mais de uma hora, contou com a presença dos pais e padrinhos das crianças, além de vários familiares.

Antes da celebração, Francisco dirigiu-se aos presentes, sublinhando que a prioridade do dia é que “os bebés se sintam bem”.

“Se tiverem fome, deem-lhe leite, que não chorem; se tiverem muito calor, mudem-nos, mas que se sintam confortáveis, porque hoje mandam eles e nós devemos servi-los com o sacramento, com as orações”, indicou, com recomendações que se tornaram tradicionais, nesta celebração anual.

“Todos juntos, hoje todos vocês, os pais, e a própria Igreja damos o maior dom, o maior dom: o dom da fé aos filhos. Vamos em frente”, acrescentou.

A celebração, com vários gestos simbólicos próprios do sacramento, incluiu a invocação dos santos, a oração do exorcismo, a unção pré-batismal, a oração e a invocação sobre a água, a renúncia a satanás e a profissão de fé, a aspersão com água benta, a unção com o óleo da crisma, a entrega da veste branca e da vela acesa no círio pascal.

Como acontece desde 2022, o espaço contou com a colocação excecional de um altar alguns metros diante da representação do Juízo Final, de Michelangelo, em vez do antigo altar colocado sob a mesma – que levava o presidente a celebrar “versus Deum” e não de frente para a assembleia.

A festa litúrgica do Batismo do Senhor encerra o ciclo celebrativo do Natal, na Igreja Católica.

A Capela Sistina, inaugurada pelo Papa Júlio II em 1512, acolhe desde 1983 a Missa com o Batismo de crianças, por decisão do Papa São João Paulo II.

Mais tarde, na recitação do ângelus, o Papa convidou os peregrinos a refletir no “próprio batismo” e a celebrar a data da celebração desse sacramento como um “novo aniversário”.

Foto: Vatican Media

“Esta manhã tive a alegria de batizar alguns recém-nascidos, filhos de funcionários da Santa Sé e da Guarda Suíça. Rezemos por eles e pelas suas famílias. E gostaria de pedir ao Senhor por todos os casais jovens, para que tenham a alegria de acolher o dom dos filhos e de os levar ao Batismo”, disse depois.

Francisco evocou ainda as vítimas dos incêndios “devastadores” em Los Angeles, no estado norte-americano da Califórnia,

A intervenção recordou a beatificação, em Roma, do padre Giovanni Merlini (1795-1873), sacerdote dos Missionários do Preciosíssimo Sangue, falando num “mensageiro de paz”.

“Invoquemos também a sua intercessão ao rezarmos pela paz na Ucrânia, no Médio Oriente e no mundo inteiro”, pediu, convidando todos a “rezar pela paz”.

“Não nos esqueçamos de que a guerra é sempre uma derrota”, concluiu.

OC

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