Vaticano: Papa saudou peregrinos portugueses

Milhares de pessoas acompanharam os novos cardeais, entre os quais D. Manuel Monteiro de Castro e o brasileiro D. João Braz de Aviz

Cidade do Vaticano, 19 fev 2012 (Ecclesia) – Bento XVI deixou hoje uma saudação aos peregrinos portugueses presentes no Vaticano, em particular os “familiares e amigos dos novos cardeais” lusófonos, incluindo D. Manuel Monteiro de Castro.

O Papa falava a milhares de peregrinos reunidos na Praça de São Pedro, pedindo que os presentes acompanhem os novos cardeais com a “oração e estima” para que estes possam “corresponder, com plena e constante fidelidade, ao dom recebido”.

A saudação estendeu-se aos grupos de fiéis das  paróquias Aldeia Galega da Merceana, Brandoa e Laveiras-Caxias, que acolheram as palavras de Bento XVI com palmas.

Além do português D. Manuel Monteiro de Castro, penitenciário-mor da Santa Sé, foi criado cardeal no Consistório deste sábado o brasileiro D. João Braz de Aviz, prefeito da Congregação para os Institutos de Vida Consagrada e as Sociedades de Vida Apostólica.

A este respeito, o Papa referiu-se a um domingo “particularmente festivo”, por causa do Consistório, frisando que a cor vermelha associada aos cardeais simboliza “o sangue e o amor”.

Bento XVI aludiu, como fizera na missa, à antecipação da celebração da festa da Cadeira de São Pedro (habitualmente a 22 de fevereiro, que este ano é quarta-feira de Cinzas), assinalada em Roma já no século IV, para significar a unidade da Igreja, fundada sobre a figura do Papa.

A ‘cátedra’ de São Pedro, indicou, é símbolo de uma “missão especial”, na Igreja Católica, recordando que em Roma foram martirizados os Apóstolos Pedro e Paulo (século I), num testemunho de “autoridade, mas a de Cristo, baseada na fé e no amor”.

O Papa deixou uma oração a “Maria, mãe da Igreja”: “Ajuda-me a mim e aos meus colaboradores a trabalhar incansavelmente pela unidade do povo de Deus e a anunciar a todas as pessoas a mensagem de salvação, cumprindo humilde e corajosamente o serviço da verdade na caridade”.

Antes, na Basílica de São Pedro, Bento XVI tinha presidio à primeira missa com os 22 cardeais criados no Consistório público de sábado.

Antes da celebração, em nome deste grupo, D. Fernando Filoni, prefeito da Congregação para a Evangelização dos Povos, dirigiu uma saudação, na qual referiu que “hoje, na Igreja, por causa da sua fidelidade ao Senhor, não faltam o martírio, as tribulações e as perseguições a tantos dos seus membros”.

Esta é a quarta vez que Bento XVI convoca um Consistório (o último tinha sido em novembro de 2010), com o qual perfaz um total de 84 cardeais criados (63 com direito a voto, mais de metade dos 125 eleitores).

Após esta cerimónia, Portugal passou a ter três cardeais, dois dos quais com direito a voto na eleição do Papa: D. Manuel Monteiro de Castro, penitenciário-mor da Santa Sé, e D. José Policarpo, cardeal-patriarca de Lisboa.

Natural de Santa Eufémia de Prazins (Guimarães), o mais recente cardeal português foi ordenado padre em 1961 e bispo em 1985, tendo percorrido países dos cinco continentes ao serviço diplomático da Santa Sé.

O cardeal Monteiro de Castro, de 73 anos, está no Vaticano desde julho de 2009, quando assumiu o cargo de secretário da Congregação para os Bispos, antes de ter sido eleito, em janeiro, para liderar a Penitenciária Apostólica, um dos três tribunais da Cúria Romana.

Esta segunda-feira, no Vaticano, o Papa vai proferir um discurso aos novos cardeais, acompanhados pelos seus familiares, incluindo um grupo de portugueses.

OC

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