Viagem, entre 31 de janeiro e 5 de fevereiro, decorre com preocupações de segurança, mas sem qualquer «ameaça específica»
Cidade do Vaticano, 27 jan 2023 (Ecclesia) – O Papa vai regressar a África, na próxima terça-feira, para cumprir a promessa de visitar a RD Congo e o Sudão do Sul, viagem adiada em julho de 2022, devido a problemas de saúde.
O porta-voz do Vaticano, Matteo Bruni, explicou aos jornalistas, em conferência de imprensa, que a agenda inclui encontros com vítimas de violência e deslocados internos, em países marcados por confrontos, nos últimos anos.
Segundo o diretor da sala de imprensa da Santa Sé, apesar das medidas de segurança, não foi registada “nenhuma ameaça específica” relativamente a esta deslocação.
Francisco tem pela frente um percurso de 12 mil quilómetros, com quase 17 horas de voo, sendo acompanhado no Sudão do Sul, numa peregrinação ecuménica de paz, pelo primaz da Igreja Anglicana e o moderador da Igreja da Escócia (Presbiteriana).
O programa nos dois países, onde os católicos representam cerca de 50% da população, prevê 12 discursos e homilias, em seis dias.
A 40ª viagem do pontificado vai fazer do Papa o primeiro a visitar o Sudão Sul, independente desde 2011, e o segundo a deslocar-se à República Democrática do Congo, onde São João Paulo II esteve por duas vezes (1980, 1985).
Francisco vai deslocar-se em carro aberto, durante os vários compromissos, encontrando-se com representantes de instituições políticas, igrejas sociedade civil.
O Vaticano destaca o encontro com vítimas do conflito na parte oriental da República Democrática do Congo e pessoas deslocadas internamente do Sudão do Sul.
Matteo Bruni aponta à Missa de 1 de fevereiro, no aeroporto Kinshasa-Ndolo, como um dos pontos altos da viagem, numa área que deve acolher cerca de um milhão e meio de pessoas.
O palco onde a celebração será realizada é o maior já construído na República Democrática do Congo, equipado com um elevador para facilitar as movimentações do Papa.
Esta será a quinta viagem de Francisco ao continente africano, onde esteve em 2015, 2017 e 2019, por duas vezes, tendo passado, entre outros países, por Moçambique.
O Papa fez, desde 2013, 39 viagens internacionais, nas quais visitou 58 países: Brasil, Jordânia, Israel, Palestina, Coreia do Sul, Turquia, Sri Lanka, Filipinas, Equador, Bolívia, Paraguai, Cuba, Estados Unidos da América, Quénia, Uganda, República Centro-Africana, México, Arménia, Polónia, Geórgia, Azerbaijão, Suécia, Egito, Portugal, Colômbia, Mianmar, Bangladesh, Chile, Perú, Bélgica, Irlanda, Lituânia, Estónia, Letónia, Panamá, Emirados Árabes Unidos, Marrocos, Bulgária, Macedónia do Norte, Roménia, Moçambique, Madagáscar, Maurícia, Tailândia, Japão, Iraque, Eslováquia, Chipre, Grécia (após ter estado anteriormente em Lesbos), Malta, Canadá, Cazaquistão e Barém; Estrasburgo (França) – onde esteve no Parlamento Europeu e o Conselho da Europa -, Tirana (Albânia), Sarajevo (Bósnia-Herzegovina), Genebra (Suíça) e Budapeste (Hungria), para o encerramento do Congresso Eucarístico Internacional.
OC
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