Francisco convida responsáveis internacionais a «aprender com a história»
Cidade do Vaticano, 09 out 2022 (Ecclesia) – O Papa reforçou hoje os seus alertas contra uma eventual guerra nuclear, convidando os responsáveis internacionais a “aprender com a história”.
“A propósito do início do Concílio, há 60 anos, não podemos esquecer o perigo de guerra nuclear que então ameaçava o mundo naquele momento. Por que não aprender com a história?”, questionou, no final da Missa a que presidiu na Praça de São Pedro, Vaticano.
A intervenção evocou a crise dos mísseis em Cuba, envolvendo os Estados Unidos da América e a União Soviética, quando São João XXIII dava início ao Concílio Vaticano II (1962-1965).
“Também naquela época havia conflitos e grandes tensões, mas foi escolhido o caminho pacífico”, indicou Francisco.
A intervenção citou uma passagem do livro do profeta Jeremias, para insistir na necessidade de aprender com o passado: “Parai um pouco nesses caminhos e vede; interrogai-vos sobre os atalhos de outrora e sobre o caminho do bem e segui por ele e encontrareis tranquilidade para as vossas vida” (Jer 6,16).
O Papa evocou ainda o ataque contra uma creche, na Tailândia, em que morreram 34 pessoas, incluindo 22 crianças, na última semana.
“Asseguro minhas orações pelas vítimas do louco ato de violência, louco, ocorrido há três dias na Tailândia. Com comoção, confio ao Pai da vida, em particular, as crianças pequenas e as suas famílias”, disse, antes da recitação da oração do ângelus.
Francisco falava perante milhares de pessoas, reunidas para a canonização de D. João Batista Scalabrini, que se destacou pela sua atenção aos migrantes, e Artemide Zatti, irmão salesiano que dedicou a sua vida ao cuidado dos doentes.
“Há uma emigração hoje, na Europa, que nos faz sofrer muito e nos leva a abrir o coração, a migração dos ucranianos que fogem da guerra. Não esqueçamos a martirizada Ucrânia”, pediu, na sua homilia.
OC
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