Vaticano: Papa realça sociedade que precisa de «encontrar caminho de volta» para Deus

Num encontro com membros da Comunidade Emanuel que incentivou a um cada vez maior «dinamismo missionário»

Foto Vatican Media

Cidade do Vaticano, 07 abr 2018 (Ecclesia) – O Papa encontrou-se hoje em audiência com cerca de 500 membros da Comunidade Emanuel, associação internacional de fiéis empenhada no anúncio de Deus no meio da sociedade, e incentivou-os a um cada vez maior “dinamismo missionário” no meio do mundo.

“Encorajo-vos a ajudar os homens e mulheres do nosso tempo a descobrir, seja para onde o Espirito Santo vos leve, a misericórdia de Deus que amou a humanidade ao ponto de ter andado no meio de nós”, disse Francisco, numa alusão a Cristo.

O nome ‘Emanuel’, que deu origem à comunidade em causa, hoje presente em todos os continentes, significa precisamente ‘Deus connosco’.

Na sua intervenção, o Papa argentino desafiou os membros da Comunidade Emanuel a continuarem a levar Deus aos outros “com renovado entusiasmo e cuidado pastoral”, para que as pessoas se sintam “tocadas nos seus corações” e possam muitas delas “encontrar o caminho de volta para o Pai”.

Criada em 1976 em Paris (França), a Comunidade Emanuel nasceu do Renovamento Carismático Católico, pela ação de Pierre Goursat and Martine Laffitte, e carateriza-se pelo desafio à vivência e ao anúncio de Deus na vida quotidiana, através da adoração, da compaixão e da evangelização.

Em Portugal, este movimento está desde 1992 em várias dioceses do país.

Para o Papa, é essencial que a Comunidade Emanuel continue fiel às suas “origens” e seja também protagonista de “uma Igreja em saída”.

“A Igreja conta convosco”, realçou Francisco, recordando que o Espírito Santo desafia a estar “constantemente em movimento” e “não há maior liberdade do que podermos ser guiados por Ele”.

Recentemente, foi reconhecida a Associação Clerical da Comunidade Emanuel, uma estrutura que segundo o Papa “foi considerada oportuna pelas numerosas vocações sacerdotais que o carisma de Emanuel inspira”.

“Longe de isolar estes padres dos restantes membros da comunidade, leigos ou consagrados, espero que este reconhecimento leve a uma bonita comunhão entre todos estes estados de vida vocacional que tendes experimentado ao longo dos anos”, apontou.

Francisco exortou ainda as comunidades Emanuel a reforçarem cada vez mais os “laços” com as paróquias onde estão presentes.

A Comunidade Emanuel tem hoje perto de 12 mil membros em mais de 60 países, entre pessoas solteiras, casadas, padres, seminaristas e leigos, e a sua presença e atividades são diversificadas, conforme o que a realidade que os envolve precisa e pede.

JCP

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Agência ECCLESIA

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