Francisco recorda ainda populações atingidas pelas cheias na Europa
Cidade do Vaticano, 18 jul 2021 (Ecclesia) – O Papa apelou hoje ao fim da violência na África do Sul e ao diálogo em Cuba, manifestando solidariedade às populações mais atingidas.
Após a recitação do ângelus, no Vaticano, Francisco referiu que a violência na África do Sul veio agravar a situação do país, “já atingido por dificuldades económicas e sanitárias”, por causa da pandemia
Unindo-se aos bispos sul-africanos, o Papa deixou “um forte apelo a todos os responsáveis envolvidos, para que trabalhem pela paz e colaborem com as autoridades para oferecer assistência aos necessitados”.
Estima-se que haja 450 mil portugueses e lusodescendentes na África do Sul, país afetado por ações de violência armada e vandalismo, com dezenas de mortes e elevados danos materiais, depois da prisão do antigo chefe de Estado, Jacob Zuma.
Francisco pediu que todas as partes tenham presente o “desejo” que guiou o povo sul-africano para “renascer na concórdia entre todos os seus filhos”.
O Papa mostrou-se também “próximo ao querido povo cubano, que vive “momentos difíceis”, dirigindo-se em particular “às famílias que sofrem mais”
“Rezo ao Senhor para que ajude a construir em paz, diálogo e solidariedade, uma sociedade cada vez mais justa e fraterna”, declarou.
A intervenção conclui-se com uma invocação à padroeira do país: “Convido todos os cubanos a confiar-se à proteção de Nossa Senhora da Caridade do Cobre. Ela acompanhar-vos-á neste caminho”.
Milhares de cubanos saíram às ruas para protestar contra o Governo, por causa da crise económica que atinge o país; o regime respondeu com centenas de detenções e a convocação de contramanifestações, exigindo ao presidente norte-americano, Joe Biden, que levante o embargo a Cuba.
OC
Após a oração do ângelus, Francisco deixou uma mensagem de proximidade às populações da Alemanha, Bélgica e Holanda, “atingidas por catastróficas cheias”.
O Papa rezou pelos mortos e seus familiares, recordando ainda quem socorre todos aqueles que sofreram “graves danos”. Pelo menos 168 pessoas morreram na sequência das chuvas torrenciais e enxurradas que afetaram, sobretudo, a Alemanha e a Bélgica, segundo um balanço divulgado este sábado. |