Vaticano: Papa manifesta solidariedade a vítimas de deslizamento de terras na Papua-Nova Guiné

Desastre natural atingiu milhares de pessoas

Foto: Lusa/EPA

Cidade do Vaticano, 28 mai 2024 (Ecclesia – O Papa manifestou “profundo pesar” pela tragédia que atingiu a Papua-Nova Guiné, com um deslizamento de terras na madrugada de sexta-feira, e reza pelos mortos e “por aqueles que choram a sua perda”, num telegrama ao núncio apostólico.

“O Papa Francisco ficou profundamente triste ao saber da devastação causada pelo deslizamento de terra na Província de Enga, Papua-Nova Guiné, e garante a todos os afetados por este desastre da sua proximidade espiritual”, lê-se no telegrama divulgado esta segunda-feira, pela Sala de Imprensa da Santa Sé.

O Papa, acrescenta, reza “especialmente pelos mortos”, por aqueles que choram as suas perdas, e pelo “resgate” das muitas pessoas ainda desaparecidas.

Francisco encoraja as autoridades civis e às equipas de emergência enquanto continuam os seus “esforços de socorro”, e invoca “todas as bênçãos divinas de consolação e força”.

O telegrama do Papa foi assinado pelo secretário de Estado do Vaticano, cardeal Pietro Parolin, e enviado ao núncio apostólico da Papua Nova Guiné, D. Mauro Lalli.

O portal de notícias Vatican News informa, segundo as previsões da ONU (Nações Unidas), que “mais de 2 mil pessoas” ficaram soterradas, no deslizamento de terras na madrugada de sexta-feira, por volta das 03h00 locais (15h00 de quinta-feira em Lisboa), na província da Enga, no centro da Papua-Nova Guiné, na Oceânia.

As autoridades da Papua Nova Guiné, que pediram formalmente ajuda internacional, começaram a retirar “cerca de 7900 pessoas do centro do país”, devido à possibilidade de um novo deslizamento de terras, esta terça-feira, informou o administrador da província de Enga, Sandis Tsaka.

O Papa Francisco vai visitar vários países da Oceânia, entre os oceanos Indico e Pacifico, no próximo mês de setembro, naquela que será a viagem mais longa do atual pontificado: começa pela Indonésia (Jacarta), de 3 a 6 de setembro; depois a Papua-Nova Guiné (Port Moresby e Vanimo) de 6 a 9 de setembro; Timor-Leste (Díli), de 9 a 11 de setembro; e Singapura, de 11 a 13 de setembro.

Em janeiro deste ano, no dia 26, o Vaticano informou que a Igreja Católica está na Papua-Nova Guiné há mais de 150 anos, atualmente, em 19 dioceses e a Conferência Episcopal está unida às Ilhas Salomão; é o segundo maior estado da Oceânia, com mais de nove milhões de cristãos, a maioria é protestante, mantêm muitas crenças tradicionais animistas ou espirituais, e no centro do Parlamento conservam uma versão da Bíblia do Rei Tiago encadernada em couro de bezerro.

CB/OC

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