Francisco deixou críticas a «idolatria do dinheiro»
Cidade do Vaticano, 23 out 2017 (Ecclesia) – O Papa Francisco recordou hoje no Vaticano o sofrimento de crianças rohingya, em Mianmar, numa homilia em que deixou duras críticas à idolatria do dinheiro, que faz “sacrifícios humanos”.
“Esta idolatria mata de fome muitas pessoas. Pensemos apenbas num caso: em 200 mil crianças rohingya nos campos para refugiados. Ali existem 800 mil pessoas. 200 mil são crianças. Mal têm o suficiente para comer, estão desnutridas, sem medicamentos. Também hoje isso acontece”, lamentou, na Missa a que presidiu na Capela da Casa de Santa Marta.
Os cerca de 1,1 milhões de muçulmanos rohingya são vistos pela população maioritariamente budista de Mianmar como imigrantes ilegais do Bangladesh, não lhes sendo reconhecida a cidadania.
Francisco convidou à oração pela conversão dos que “adoram o deus dinheiro”.
“Tantas pessoas que vivem somente para isto e a vida não tem sentido. ‘Assim faz quem acumula tesouros para si – diz o Senhor – e não se enriquece junto a Deus’: não sabem o que é enriquecer-se junto a Deus”, advertiu.
O Papa sublinhou que o dinheiro é também causa de guerras nas famílias.
“Todos nós sabemos o que acontece quando está em jogo uma herança: as famílias se dividem e acabam no ódio uma pela outra. O Senhor destaca com suavidade, no final: ‘Quem não se enriquece junto a Deus’. Este é o único caminho”, declarou.
OC