Vaticano: Papa Francisco lamenta morte de antigo arcebispo de Havana

«Serviço à Igreja e aos seus irmãos nos seus diferentes cargos que a Providência lhe entregou»

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Cidade do Vaticano, 27 jul 2019 (Ecclesia) – O Papa Francisco, através do secretário de Estado do Vaticano, enviou um telegrama de condolências pela morte do cardeal Jaime Lucas Ortega y Alamino, falecido esta sexta-feira.

“O Papa Francisco, tendo recebido a notícia do falecimento do senhor cardeal Jaime Orteha y Alamino, arcebispo emérito de Havana, pede que faça chegar aos seus familiares, clero e aos fiéis da arquidiocese, as suas condolências e a sua proximidade paternal”, pode ler-se no telegrama, assinado pelo cardeal Pietro Parolin, publicado hoje pela Sala de imprensa do Vaticano.

Endereçado ao atual arcebispo metropolita de Havana, D. Juan de la Caridad García Rodríguez, o telegrama lembra o serviço “à Igreja e aos seus irmãos nos seus diferentes cargos que a Providência lhe entregou”, pedindo “eterno descanso do defunto”.

D. Juan de la Caridad García Rodríguez informou sobre o falecimento do cardeal Ortega, numa carta publicada na página da internet da Arquidiocese de Havana, sublinhando as “qualidades pessoais e o seu infatigável zelo pastoral”.

“Começando a sentir-se a sua ausência física, recordam-se, com afeto agradecido, as suas qualidades pessoais e o seu infatigável zelo pastoral”, escreveu D. Juan Rodríguez.

Nascido a 18 de outubro de 1936, foi ordenado sacerdote no dia 2 de agosto de 1964, na catedral de Matanzas, e bispo na mesma catedral no dia 14 de janeiro de 1979.

De acordo com o portal de informação do Vaticano, o cardeal Jaime Ortega foi arcebispo de Havana durante 34 anos onde, onde criou novas paróquias, reconstruiu igrejas e criou a Cáritas Cubana.

Antes, após a ordenação sacerdotal, foi chamado, durante oito meses, para as Unidades Militares de Ajuda à Produção, em 1966, onde Fidel Castro enviava opositores aos ideais da revolução cubana.

O antigo arcebispo de Havana foi presidente da Conferência dos Bispos Católicos de Cuba por quatro vezes, vice-presidente do CELAM (Conselho Episcopal Latino-americano) e consultor da Pontifícia Comissão para a América Latina.

No seu episcopado, acolheu o Papa São João Paulo II na sua viagem a Cuba em janeiro de 1998, Bento XVI em março de 2012 e o Papa Francisco em setembro de 2015 e depois na breve passagem pela Ilha no dia 12 de fevereiro de 2016, para se encontrar com o Patriarca de Moscovo Kirill.

D. Jaime Ortega foi criado cardeal no Consistório de 26 de novembro de 1994 por São João Paulo II, participou do Conclave que elegeu o Papa Bento XVI, em abril de 2005, e o que elegeu o Papa Francisco, em março de 2013.

O cardeal Ortega era arcebispo emérito de Havana desde abril de 2016.

Com o falecimento do Cardeal Jaime Ortega, Cuba deixa de estar representada no Colégio Cardinalício, onde estão agora representantes de 87 países.

O Colégio Cardinalício é formado por 217 cardeais, dos quais 120 eleitores e 97 não-eleitores.

PR/LS

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Agência ECCLESIA

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