Verdadeira eficácia da pastoral está numa atitude de simplicidade e despojamento
Cidade do Vaticano, 05 fev 2015 (Ecclesia) – O Papa sublinhou hoje, no Vaticano, que a verdadeira essência da Igreja Católica, aquilo que lhe dá força para “cuidar e curar” a humanidade, vem da simplicidade proposta por Jesus Cristo.
“É verdade que a Igreja precisa de organizações que ajudem a fazer isso”, admitiu Francisco, no entanto “quando ela coloca a esperança apenas nestes meios, transforma-se numa ONG, numa bela organização, poderosa mas não evangélica, porque lhe falta aquele espírito, aquela pobreza, aquela força para curar”.
Durante a habitual missa matinal na Casa de Santa Marta, acompanhada pela Rádio Vaticano, o Papa argentino pediu uma Igreja Católica “sem luxos”, à imagem de Cristo e dos seus discípulos, que eram enviados para o meio do povo “sem pão, sem bolsas nem dinheiro“.
Isto porque “o Evangelho não é uma teologia da prosperidade” mas sim um “feliz anúncio” de salvação, de libertação, que deve ser “levado a todos os oprimidos”, acrescentou.
Os agentes católicos devem assumir-se como meros “trabalhadores do Reino” e garantir que o necessário “zelo apostólico” nunca “desvie” ou “deturpe” a essência da sua ação: “levar Cristo” a que mais precisa.
E são cada vez mais as pessoas que a Igreja, como “um hospital de campo”, recebe na sua “sala de espera”.
“Gente com o coração ferido”, a quem é preciso “abrir portas, libertar, dizer que Deus é bom, que Deus perdoa tudo, que Deus é pai, que Deus é ternura, que Deus as espera sempre”, incentivou o Papa.
JCP